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Em Goiânia, Ministra Damares Alves pede agravamento de pena para acusados de abuso sexual
“Eu já anunciei uma proposta legislativa que, quando o abusador for sacerdote, a pena seja agravada. Estamos trabalhando nisso. Acrescento que nós estamos vivendo um novo momento no Brasil, em que a vítima começa a ter prioridade nesta nação, em que os direitos humanos serão destinados também às vítimas”, afirmou.
A titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) enfatizou a importância das medidas preventivas. “Temos que começar a trabalhar na prevenção. Nestes casos que já aconteceram, é punição, é cadeia, é reparação. E acompanhamento psicológico das vítimas. O ministério vai estar acompanhar este trabalho”, disse.
Durante o encontro, a ministra lamentou a quantidade de casamentos, famílias e vidas destruídos por causa dos abusos. “Que isso também seja ponderado na hora de mensurar as indenizações”, completou.
Presente nas atividades, a secretária nacional da Família do MMFDH, Angela Gandra, destacou que o órgão está atento à situação. “O que nós pudermos fazer para apoiar estas famílias, conversar, dialogar, contem conosco. Nós estamos à disposição para auxiliar na cura destas feridas”.
Números
Na ocasião, a ministra foi recebida pelo procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto. Integraram a equipe do órgão goiano os promotores Cristiane Marques, Patrícia Otoni, Gabriella de Queiroz, Paula Moraes, Luciano Miranda, Augusto César Souza e Paulo Penna Prado.
Os representantes do órgão goiano apresentaram relatório detalhado de todas as medidas já implementadas no caso do médium João de Deus, acuso de abusos sexuais.
Neste contexto, o coordenador criminal Luciano Miranda destacou os números referentes às investigações: tem relatos de abusos ocorridos desde o ano 1973 até 2018. Dentre as mais de 300 vítimas até o momento, 15 delas têm idade de 0 a 13 anos. Até quinta-feira (21), cerca de 170 pessoas já formalizaram depoimento relatando a violência sexual. No Brasil, as vítimas são oriundas de 19 estados mais o Distrito Federal. Existem vítimas em mais 11 países.