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Ministério, Avon e Fortlev assinam acordo de cooperação para enfrentar a violência contra a mulher
Com esse acordo, todas as embalagens dos produtos Avon serão confeccionadas incluindo informações sobre o Ligue 180. O número do canal também será gravado nas caixas d’água fabricadas pela Fortlev. O intuito dessa ação é enfrentar e combater a violência contra mulheres, divulgando o 180 como canal de denúncias e apoio às vítimas, principalmente no âmbito da violência doméstica.
“Não dá mais para a gente se acomodar dizendo que não tem orçamento. Com parcerias, se a gente se unir, a gente consegue!”, afirmou a ministra Damares. “As subnotificações são muito piores do que vocês imaginam. E nós estamos indo e falando com as mulheres, buscando aquelas que estão invisibilizadas, como as ciganas, por exemplo”, completou.
Centenas de milhões de produtos da Avon são vendidos todos os anos e distribuídos por mais de um milhão de revendedoras de todo Brasil. A mensagem chegará a 60% dos lares brasileiros. Revendedoras da marca também são embaixadoras das causas e divulgam do número de atendimento às mulheres vítimas de violência. Pelo convênio, o Instituto Avon também vai ter acesso aos dados do banco de dados do 180 para elaborar pesquisas e estudos para balizar projetos em defesa da mulher.
Acessibilidade
Nesse sentido, a ministra destacou um novo recorte do Disque 100 e do Ligue 180. “Teremos vídeo-chamadas para todo o Brasil para a mulher surda poder falar conosco. O Ligue 180 também vai atender em outros idiomas e vai atender as muitas mulheres brasileiras fora do país que estão sendo vítimas de violência”, disse.
Damares Alves também destacou a necessidade de atendimento às mulheres de comunidades tradicionais. “Na região ribeirinha, mulheres escalpeladas ficam escondidas dentro de cabana, não podem sair porque o sol queima suas cabeças. Em algumas aldeias indígenas, o estupro coletivo é considerado como cultura. O que dói não pode ser cultura! Se essa mulher quiser socorro, ela vai encontrar socorro neste ministério”, declarou a ministra.
Atendimento
Ainda sobre o Ligue 180, a ministra relatou um grande avanço no tempo para atendimento. Segundo ela, no início do ano a espera poderia chegar a até 80 minutos. Agora, 80% das ligações são atendidas em apenas 20 segundos. “Temos que ter a coragem de romper o silêncio. Falar da nossa dor é arrebatador. Precisamos incentivar as mulheres a falarem de suas dores e a dizerem: chega, basta!”, afirmou Damares.
Participantes
Além da ministra do MMFDH, do Instituto Avon e da Fortlev, assinaram o acordo como testemunhas o Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Fundamentais do Conselho Nacional do Ministério Público, Valter Shuenquener de Araújo, e o Ouvidor Nacional de Direitos Humanos, Fernando Cesar Pereira Ferreira.
Na mesa de abertura também estavam presentes a secretária adjunta de Políticas para as Mulheres, Rosinha da Adefal, representando a titular da pasta, Cristiane Britto, além das deputadas federais Soraya Santos e Elcione Barbalho, e da Representante interina da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino. Também participou do evento a modelo, empresária, atriz e ativista, Luíza Brunet, madrinha do projeto Salve Uma Mulher, do Governo Federal.