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Comenda de Direitos Humanos Dom Helder Câmara é entregue à ministra Damares Alves no Senado Federal
O senador Alessandro Vieira presidiu a sessão e afirmou que “Damares é uma referência no combate à pedofilia e na proteção da infância. É um exemplo da superação das diferenças ideológicas e partidárias em benefício dos mais necessitados”.
O senador Luis Eduardo Girão também ressaltou a importância da Ministra na luta pelo direito de todos à vida. “Se o Brasil não legalizou o aborto, eu posso dizer que o trabalho de Damares Alves foi fundamental, neste parlamento, para que esse direito humano primordial, o primeiro de todos, que é o direito à vida, não fosse tirado”, disse ele.
Discurso e trabalho
Em seu discurso de agradecimento, Damares Alves reconheceu a relevância de todos os que, juntamente com ela, foram agraciados pela Comenda Dom Helder Câmara nesta manhã. Se dirigindo a eles, ela comentou sobre as temáticas de seus trabalhos. Entre outros assuntos, a ministra falou sobre a necessidade de, como nação, protegermos os imigrantes que aqui chegam e falou também contra a legalização das drogas.
“Precisamos definitivamente dizer não às drogas no Brasil. Esta casa (Senado Federal) foi tantas vezes seduzida a legalizar as drogas no Brasil! Muitas vezes, com discursos mentirosos, vieram à esta casa falar sobre isso. Não vamos resolver nenhum problema no Brasil legalizando as drogas”, afirmou Damares.
“Chega de tanto sofrimento nesta nação. Ainda somos um país com tanta violação de direitos! A gente precisa mudar isso”, disse. “Tem racismo no Brasil. O racismo é de verdade e dói, e a gente vai ter que ter muita coragem para mudar isso”, continuou a ministra.
Damares Alves também falou da missão que recebeu do Presidente Jair Bolsonaro. “Tenho a responsabilidade de conduzir esta pasta (MMFDH) e recebi a ordem desse extraordinário Presidente da República dizendo o seguinte: ‘Vamos universalizar os direitos, vamos falar com todo mundo sobre direitos humanos’. E é isso o que estamos fazendo no Brasil. E nós vamos falar inclusive que saneamento é direito humano, a água é direito humano, moradia é direito humano. Nós estamos trabalhando pelo Brasil e falando de uma forma muito clara sobre garantia e proteção de direitos humanos”, concluiu a ministra.
Homenageados e participantes
Os outros homenageados do ano com a Comenda de Direitos Humanos Dom Helder Câmara no Senado Federal foram Aleixo Paraguassú, a Comunidade Nova Aliança, Frei Hans, Irmã Silvia Vecellio Sai, Marcos Dionísio Medeiros Caldas (in memoriam) e Rosa Geane.
Participaram da solenidade os senadores Nelsinho Trad, Styvenson Valentim, Chico Rodrigues, Eduardo Gomes, Soraya Thronicke, Jean Paul Prates e Alessandro Vieira.
Dom Helder Câmara
A Comenda de Direitos Humanos Dom Helder Câmara é entregue anualmente pelo Senado Federal e leva o nome de um bispo católico que ajudou a fundar a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom Helder nasceu no Ceará, em 1909, e viveu em Pernambuco. Lutou pela defesa dos direitos humanos, da justiça social e de atitudes não-violentas nas interações humanas. Ele foi o único brasileiro a ser indicado quatro vezes para o Prêmio Nobel da Paz e faleceu em 1999, aos 90 anos.