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Ministério dos Direitos Humanos celebra Dia Internacional das Meninas
Foto: Luiz Alves - Ascom/MDH
Por algumas horas desta quinta-feira (11), o cargo de Ministro de Estado dos Direitos Humanos foi ocupado por uma adolescente: Jozeane Justino, de 12 anos, como forma de marcar o Dia Internacional das Meninas, celebrado em 11 de outubro. Os cargos de secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, da secretária nacional de Políticas para as Mulheres e de secretário nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência também foram ocupados por meninas com idades entre 10 e 12 anos. Além de ministra, a adolescente Jozeane ocupou, da mesma forma que o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, a Subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil.
Segundo o ministro, a ocupação dos altos cargos do Ministério é uma forma de mostrar para as meninas que elas podem chegar a espaços de liderança. “A iniciativa é extremamente importante para que as meninas, desde cedo, assumam um desejável protagonismo em funções-chave na Administração Pública”, afirmou.
A iniciativa de levar meninas a ocuparem por algumas horas cargos e espaços em instituições públicas e privadas faz parte do movimento #MeninasOcupam, da organização não-governamental Plan International Brasil. As participantes do projeto aproveitaram a oportunidade para questionar as equipes técnicas do MDH sobre diversos temas, entre eles: educação, situação das crianças migrantes, recursos para área da infância, violência contra a mulher e participação de crianças e adolescentes na formulação de políticas públicas. “Foi uma experiência muito boa. A gente conseguiu aprender muito sobre o que o faz o Ministério dos Direitos Humanos”, avaliou Jozeane.
O empoderamento de meninas é umas das ações prioritárias na área de promoção dos direitos de crianças e adolescentes do MDH. “A construção de uma sociedade descente e civilizada passa necessariamente pelo empoderamento de meninas, que serão futuras mulheres. Não há como se falar de um estado democrático que não passe pela condição feminina, que é a condição da antiviolência, da civilidade e do diálogo”, explicou o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Luis Carlos Martins.
“Os homens precisam entender que eles não são melhores do que a gente. Nós somos iguais”, afirmou a adolescente Willyane Barros, de 11 anos, que ocupou o cargo de secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Também participaram da ação as adolescentes Jenyfer Graziele Rodrigues de Sousa e Raissa do Nascimento Leite.
A secretária nacional de Políticas para Mulheres do MDH, Andreza Colatto, afirma que "quando somos meninas, é que formamos os sonhos do nosso futuro". Ela acrescenta que "a iniciativa conjunta convida estas meninas a conhecerem os lugares de poder, cadeiras de decisão, reforçando a luta das mulheres por igualdade desde a infância e mostrando o necessário avanço do protagonismo feminino na sociedade”.
"Esta é uma oportunidade para estas meninas entenderem que sonhos futuros podem ser experimentados e que os direitos humanos podem e devem ser protagonizados por elas", complementou a secretária.
Além de apoiar o projeto #MeninasOcupam, o MDH promoveu nesta quinta-feira a mesa de diálogo "Estratégias para Promoção de Direitos das Meninas", que debateu o enfrentamento à discriminação e à violência baseada na questão de gênero, bem como ações de promoção para o empoderamento de meninas para que possam atuar com protagonismo na política, na economia e em diversos setores de tomadas de decisão.
O evento faz parte de uma carta de acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que tem o objetivo de sensibilizar tomadores de decisão para promoção de direitos e empoderamento das meninas, nos eixos: união precoce (casamento na infância); gravidez não planejada; adolescentes e jovens meninas afastadas da escola e do mercado de trabalho.