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Ministério capacita produtores para mostra sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos
Como parte das comemorações dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) - 10 de dezembro - o Ministério dos Direitos Humanos (MDH) está reunindo, em Brasília, representantes dos 26 estados e do Distrito Federal para a Oficina de Capacitação dos Produtores Locais da 12ª Mostra Cinema e Direitos Humanos. O tema da Mostra deste ano é a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A reunião teve início nesta quarta-feira, 31, e vai até o dia 2 de novembro, no Hotel Gran Bittar, em Brasília.
A Diretora de Promoção e Educação em Direitos Humanos do MDH, Juciara Rodrigues, conduziu a oficina nesta quarta-feira para os representantes dos estados e discorreu sobre as várias situações, “ainda impensáveis”, e que atingem os direitos humanos, como a da população de rua, o sub-registro de nascimento e o trabalho escravo. Ela explicou o esforço do MDH para dialogar e executar iniciativas de educação para difundir a importância do tema. De acordo com ela, a Mostra promove ações públicas que transcendem governos, lembrando que esta já é a sua 12ª edição.
O encontro foi uma Imersão na DUDH. Cada artigo foi lido e sobre ele realizada uma reflexão coletiva. A Declaração Universal dos Direitos Humanos surgiu como um grito de liberdade e o clamor por respeito, contra o fascismo e as milhões de mortes da 2ª Guerra Mundial. Para Juciara, “não podemos subestimar o mal”, que vem desde a antiguidade com a luta entre Atenas e Esparta. Já na época de Hitler, lembrou, o primeiro ato deu-se contra crianças com deficiência, depois a perseguição deu-se à população LGBT e, depois, o extermínio de judeus.
Mostra - A Mostra funciona assim: os produtores locais selecionados recebem filmes para exibir durante mais de um mês em sua localidade. Todos os filmes são enviados pela curadoria e abordam as diversas temáticas da área, desta vez da Declaração Universal dos Direitos Hu manos. Depois da capacitação e de receber os filmes e o material gráfico, cada produtor local monta estratégia própria para difundir e promover debates sobre a temática de direitos humanos e, agora, a importância dos 70 anos da DUDU.
“A Mostra é uma revolução silenciosa e maravilhosa. Vai até as pessoas para mostrar a elas a importância de ser cidadão e do respeito ao próximo. Chega até as pessoas levando educação amorosa e libertária. Para que pessoas possam refletir qual nosso papel no mundo. É uma forma de lutar e resistir a qualquer tipo de opressão, de objeção em relação ao exercício da nossa cidadania e direitos. Não podemos perder conquistas”, disse a diretora Juciara Rodrigues. Tudo isso, lembra ela, para que as pessoas possam repensar o seu papel no mundo.
Tarcício Neto, produtor cultural de Salvador (BA), contou que há sete anos participa da Mostra. Em Salvador ele leva os filmes para projeção em locais onde as pessoas precisam de acolhimento. Como exemplo, citou pessoas em situação de rua, hospital de crianças com câncer e casa de recuperação de menores infratores. “É oportunidade de difundir. De levar as pessoas a conhecerem seus direitos e a respeitar os direitos dos outros. Todos os filmes têm abordagens relevantes sobre os temas dos direitos humanos “.