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MDH debate violência obstétrica no Ministério Público
Aconteceu na manhã desta sexta-feira, 08/11, debate sobre violência obstétrica que reuniu representantes do judiciário, poder executivo e instituições da sociedade civil, na sede do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. O encontro contou com a presença da Secretária Nacional de Políticas para Mulheres, Andreza Colatto, que destacou a importância das mulheres utilizarem o Ligue 180, do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), para realizarem denúncias em caso de agressão.
“Em 2018 recebemos 117 casos de violência obstétrica. É importante que as mulheres utilizem o canal como ferramenta de denúncia deste tipo para que ações sejam implementadas para coibir esta agressão”, afirmou Andreza Colatto.
Durante a audiência foram apresentadas denúncias realizadas, por meio da Procuradoria, bem como as medidas adotadas após o relato. As denúncias apresentadas por estudantes de medicina colaboraram para realização de mudanças no hospital regional do DF, que é responsável pelos casos.
A necessidade de políticas públicas sobre o assunto foram destacadas pelos palestrantes que ressaltaram ainda ser essa uma violência de gênero. Pesquisa da Fundação Perseu Abramo destacou que 1 a cada 4 mulheres gestantes já sofreu violência obstétrica.
Violência obstétrica - Compreende-se como violência obstétrica toda ação ou omissão direcionada à mulher durante o pré-natal, parto ou período puerpério, que cause dor, dano ou sofrimento desnecessário. São consideradas violência obstétrica práticas como xingamentos, recusa de atendimento, proibição de acompanhante, intervenções e procedimentos médicos desnecessários, entre outras.