12ª Mostra Cinema e Direitos Humanos: abertura oficial é realizada em Brasília

A solenidade de abertura oficial da 12ª Mostra Cinema e Direitos Humanos foi realizada nesta terça-feira (20), no Espaço Cultural Renato Russo, em Brasília. Com entrada gratuita, as exibições no Distrito Federal vão até a próxima segunda-feira (26).

Durante a abertura, foram apresentados os filmes “Nós” e “Do Outro Lado”, que fazem parte da programação da Mostra Panorama. Participaram do evento representantes do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), entidades parceiras, alunos e professores do Centro de Convivência de Fortalecimento de Vínculos do Paranoá/DF e demais integrantes da sociedade civil. As apresentações musicais ficaram por conta dos artistas Larissa Umaytá, Júnior Ferreira e Rodrigo Bezerra.

“Nós entendemos que os filmes são arte e conseguem alcançar corações e mentes, que se abrem para uma discussão tão relevante como esta, referente aos Direitos Humanos”, afirmou o secretário nacional de Cidadania do MDH, Herbert Borges.

Pelo Ministério, além do secretário Herbert, integraram a mesa de abertura o secretário nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marco Pellegrini, a diretora de Promoção e Educação em Direitos Humanos, Juciara Rodrigues, o diretor do Departamento de Igualdade Racial, Rodrigo Barbosa, e a diretora de Promoção dos Direitos LGBT, Marina Reidel. O outro participante foi o membro do Instituto Cultura em Movimento (ICEM), Alberto Graça.

“É com muita satisfação que programamos essa mostra. Neste ano, a Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 70 anos. É uma declaração com 30 artigos, bem curta, mas que ao mesmo tempo abraça causas tão importantes e que há 70 anos é o documento mais traduzido no mundo. A Declaração balizou as Constituições de muitos países, inclusive do Brasil”, disse a diretora Juciara Rodrigues.

Mostra

A 12ª Mostra é uma das estratégias do Ministério dos Direitos Humanos (MDH) para consolidação da cultura e da educação em Direitos Humanos, ampliando espaços de debate e discussão por meio da linguagem cinematográfica. A finalidade inclui, também, contribuir para a formação de uma nova mentalidade coletiva para o exercício da solidariedade, do respeito às diversidades e da tolerância.

Os filmes estão divididos em quatro programações: Mostra Panorama, com filmes sobre diversas temáticas de Direitos Humanos; Mostra Temática, em comemoração aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos; Mostra Homenagem, cujo agraciado é o ator Milton Gonçalves; e Mostrinha, para o público infanto-juvenil.

Nacional

A 12ª Mostra Cinema e Direitos Humanos será realizada entre os dias 15 novembro e 16 de dezembro de 2018 em todas as capitais do país, com entrada gratuita. Neste ano, o evento traz como tema central neste ano a celebração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), completados em 2018.

A assinatura da DUDH deu-se em Paris, no dia 10 de dezembro de 1948. A Declaração é um documento marco na história dos direitos humanos, pois estabeleceu, pela primeira vez, sua proteção universal. O objetivo é refletir sobre o seu conteúdo, que contempla 30 artigos.

Seleção

Serão apresentados nas capitais do país filmes selecionados a partir da convocatória pública aberta no site do projeto, além de outros prospectados pela equipe de curadoria. São curtas, médias e longas metragens que contemplam aspectos como direitos das pessoas com deficiência, população LGBT/enfrentamento da LGBTfobia, memória e verdade, crianças, adolescentes e juventude, pessoas idosas, população negra, população em situação de rua, mulheres, direito à participação política, combate à tortura, situação prisional, saúde mental, cultura e educação em Direitos Humanos.

Homenagem

A mostra tem, como tradição, homenagear cineastas cuja filmografia explora a temática Direitos Humanos, trazendo-a para o foco dos debates. Na 12ª edição será homenageado o ator e diretor Milton Gonçalves. Com uma filmografia de mais de 70 filmes, ele é um dos mais atuantes artistas do país. Presente nas telas e palcos desde a década de 50, presenciou (e participou) da história da televisão, do teatro e do cinema brasileiro.

A atuação de Milton Gonçalves no cenário político e sua militância pelos Direitos Humanos e contra o racismo o tornam um desses artistas raros, cuja trajetória precisa ser registrada e cuja história deve ser contada para os jovens. Como testemunha das transformações dentro e fora de seu ofício, o ator e diretor soube como poucos manter um rigor artístico e, ao mesmo tempo, uma atuação e coerência política.

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