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Desaparecidos políticos
MDH realiza expedição no Araguaia
O Ministério dos Direitos Humanos (MDH), entre os dias 16 e 20 de julho, realiza uma expedição à região do Araguaia. A Comissão Especial sobre Mortos e Desparecidos Políticos (CEMDP), da Secretaria Nacional de Cidadania do MDH, é responsável pelas atividades de escavação, de reconhecimento e de georreferenciamento de possíveis novos pontos de desaparecidos políticos, bem como oitivas de testemunhas.
"Nesta primeira expedição do ano ao Araguaia, nosso dever é buscar respostas a esses familiares, e também esclarecer à sociedade brasileira as violações ocorridas no período ditatorial. É um compromisso com a construção da verdade da memória histórica”, avaliou Gustavo Rocha, ministro dos Direitos Humanos.
A expedição teve seu planejamento autorizado durante a 77ª reunião ordinária da CEMDP, contando com o apoio dos Ministério da Defesa, da Procuradoria da República no Município de Marabá (PA), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), da Secretaria de Segurança Pública e da Perícia Oficial do Estado do Pará – além de vários outros órgãos que cederam profissionais especializados.
Os convites aos familiares, pedidos de apoios locais e toda a estrutura necessária para as atividades foram providenciados pela Coordenação-Geral de Direito à Memória e Verdade e de Apoio à CEMDP, que estará representada na expedição pela coordenadora-geral, Amarillis Tavares, e pela historiadora Paula Franco. A equipe técnica será composta pelo médico-perito, Dr. Samuel Ferreira, coordenador científico da CEMDP e do Grupo de Trabalho Perus (GTP) - fruto de parceria entre o Município de São Paulo, o MDH e a Universidade Federal do Estado de São Paulo; pelas consultoras do PNUD, também integrantes do GTP, Mariana Inglez e Ana Paula Velloso; por geofísicos, perito forenses, professores da Unifesspa e familiares dos desaparecidos políticos.