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Seppir abre Simpósio Nacional Negro, Afro-religioso e Quilombola, realizado em Brasília
Simpósio Nacional Negro, Afro-religioso e Quilombola contou com a presença de representantes da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério dos Direitos Humanos. (Foto: Seppir-MDH)
A mesa de abertura do Simpósio Nacional Negro(a), Afro-religioso(a), Quilombola: Racismo e intolerância religiosa no Brasil e seus reflexos no mundo do trabalho contou com a presença de representantes da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério dos Direitos Humanos (Seppir/MDH). Com início nesta terça-feira (28), no auditório do Centro Empresarial CNC, em Brasília, o evento tem por objetivo contextualizar a questão racial e religiosa no Brasil, com abordagem histórica, antropológica, sociocultural e econômico-social.
Também estiveram presentes sacerdotes das religiões tradicionais de terreiros, representantes do Ministério Público da União, Organização das Nações Unidas (ONU), Fundação Cultural Palmares, Coletivo de Entidades Negras, Universidade Federal da Bahia, Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ).
Palestrante no primeiro dia do evento, o secretário nacional da Seppir, Juvenal Araújo, apresentou uma contextualização das narrativas histórica e legislativa dos termos racismo, discriminação, preconceito, intolerância religiosa, desigualdades de gênero e raça, além de apontar os instrumentos do Ministério dos Direitos Humanos para o enfrentamento às violações de direitos cometidas contra a população negra: Disque 100 e a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.
“Esse simpósio é importante para que possamos sair daqui com indicativos de enfrentamento ao racismo. Mas reitero que temos que mudar nossa estratégia, precisamos trabalhar para que as políticas de igualdade racial tenham prioridade no Plano Plurianual dos estados e municípios”, destaca o secretário.
Programação - Promovido pela Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU), durante três dias vão ocorrer mais de 20 palestras, divididas em seis painéis. Serão abordados temas como escravidão negra e o mito da democracia racial; preconceito, racismo e intolerância religiosa; cotas raciais; genocídio do negro brasileiro; liberdade e intolerância religiosa no mundo do trabalho; relação entre racismo, intolerância religiosa, gênero e orientação sexual no mundo do trabalho; atuação do MPT e da Justiça do Trabalho na área; dano moral e desafios da reforma trabalhista; mito da imparcialidade e questões étnico-raciais e religiosas.
Complementam a lista de assuntos, proteção constitucional do patrimônio material e imaterial das comunidades tradicionais de terreiro e dos quilombos; Direito Penal e proteção da igualdade racial, da liberdade religiosa e do patrimônio imaterial das comunidades tradicionais de terreiro e dos quilombos; defesa em juízo das vítimas de racismo e de intolerância religiosa; racismo estrutural e institucional; análise comparada da proteção à igualdade étnico-racial e à liberdade religiosa; educação para as relações étnico-raciais; relações e conflitos étnico-raciais e religiosos; desmistificando as religiões de matriz africana; dentre outros.