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MDH participa de debate sobre jovens vulneráveis que não trabalham nem estudam
O secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do MDH, Luís Carlos Martins Alves Júnior, destacou que o desenvolvimento de ações que promovam educação e inserção no mercado de trabalho dos jovens entre 15 e 29 anos é essencial para evitar que eles sejam atraídos para violência.
O resgate de jovens vulneráveis que não trabalham nem estudam. Esse foi o principal tema debatido nesta quarta-feira (22) no Fórum Nacional de Diretores da Aliança Brasileira pela Educação, evento que pretende contribuir para a melhoria da qualidade das escolas públicas brasileiras. A atividade ocorreu no auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Na solenidade, o secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério dos Direitos Humanos, Luís Carlos Martins Alves Júnior, destacou que o desenvolvimento de ações que promovam educação e inserção no mercado de trabalho dos jovens entre 15 e 29 anos é essencial para evitar que eles sejam atraídos para violência. “A violência, lamentavelmente, é o reflexo da falta de educação. Precisamos não apenas da questão educação instrucional e da sala de aula, mas da educação familiar e da cultura do respeito para que tenhamos uma da sociedade simbiótica. O protagonismo não deve ser do Estado. O protagonismo é da sociedade e de cada um de nós”, afirmou.
O Brasil contabilizava 11,2 milhões de jovens entre 15 e 29 anos que não estudavam nem trabalhavam em 2017, o que representa 23% da população nessa faixa etária, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na análise segundo sexo, a porcentagem de mulheres sem estudar e trabalhar é maior do que a dos homens. Em 2017, segundo o IBGE, 17,4% dos homens e 28,7% das mulheres não estavam ocupadas, nem estudando ou se qualificando.
De acordo com o secretário, a gravidez na adolescência e o casamento infantil estão entre os fatores que dificultam o pleno desenvolvimento das meninas, principalmente em relação ao acesso à escola e à preparação para ingresso no mercado de trabalho. Para mudar essa realidade, o Ministério dos Direitos Humanos assinou acordo de cooperação técnica com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), em dezembro de 2017, para viabilizar a sistematização de conteúdos técnicos e instrumentos metodológicos que possam subsidiar a elaboração de políticas públicas voltadas ao empoderamento das meninas e das adolescentes, para evitar em especial as uniões precoces, a gravidez não-planejada e a exclusão dessa meninas das atividades de trabalho e educação.