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BIOECONOMIA E CADEIAS DE VALOR
Projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor: Uma parceria estratégica para o desenvolvimento sustentável
Foto: Vanessa Eyng
O Projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor é uma iniciativa inovadora que surge da colaboração entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, com recursos do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha. Com duração prevista até dezembro de 2025, o projeto tem como objetivo promover o uso sustentável da biodiversidade e fortalecer cadeias de valor que beneficiem agricultores familiares, povos indígenas e comunidades tradicionais.
A parceria tem atuação no Acre, Pará, Amazonas e Amapá, auxiliando para que as políticas públicas implementadas pelo MDA cheguem a essas regiões, beneficiando diversos grupos, incluindo quilombolas, indígenas, ribeirinhos e extrativistas. “Um exemplo disso são políticas como a PGPM-Bio (Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade) e o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), nas quais apoiamos tanto a organização dos empreendimentos para acesso ao PNAE quanto a elaboração de editais pelas prefeituras”, explica Tatiana Balzon, diretora do Projeto.
A formação profissional também é uma das linhas de atuação, responsável por melhorar a gestão dos empreendimentos, estabelecendo parcerias com universidades, institutos federais e casas familiares rurais. Além da atuação na melhoria de relações com mercados privados, comercialização dos empreendimentos e na qualificação da política pública junto aos agentes que implementam essas ações.
Adriana Maria de Lima, da Ilha de Cotijuba, em Belém do Pará, trabalha com meliponário - criação de abelhas sem ferrão - e coordena a associação Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém (MMIB). “O projeto Bioeconomia tem sido fundamental para o meu negócio e o do MMIB, oferecendo cursos e oficinas sobre nossas cadeias de valor. Isso fortalece os pequenos empreendimentos com ferramentas e apresenta oportunidades, como linhas de financiamento, além de promover a união do grupo e incentivar a participação de jovens na gestão da associação”, relata Adriana.
Adicionalmente, o projeto trabalha na capacitação técnica e na consolidação de estratégias para facilitar o acesso ao crédito. “Nosso objetivo é promover o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) para povos e comunidades tradicionais e cadeias sustentáveis, como açaí, castanha, borracha e pirarucu manejado. Queremos garantir que o projeto seja sustentável e que as políticas públicas estejam integradas às questões ambientais e de sustentabilidade, considerando os impactos do desmatamento na Amazônia e as mudanças climáticas”, ressalta Tatiana.
Adriana Maria de Lima está satisfeita com o programa em sua região, e ela, juntamente com a associação que coordena, recebeu uma assessoria de qualidade. “Minha experiência [com o projeto] está na linha de financiamento público para mulheres através do Pronaf Mulher, no qual organizamos as mulheres da associação, especialmente na meliponicultura, para que se apropriem dessa política dos bancos”, relata Adriana.
O Projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor representa um passo significativo no fortalecimento de uma economia baseada na biodiversidade e na inclusão social. Através do fortalecimento de cadeias de valor sustentáveis e do diálogo constante com as comunidades locais, a iniciativa se consolida como um vetor essencial para um desenvolvimento rural que respeita o meio ambiente, valoriza a cultura e melhora a qualidade de vida das populações rurais no Brasil.