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Condraf é instalado com posse dos conselheiros
O Condraf voltou! Essa é a frase que marca a recriação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável. A alegria pela retomada do espaço participativo foi demonstrada a todo momento pelos participantes da cerimônia de posse dos conselheiros, que ocorreu nesta quinta-feira (17). Tomaram posse 60 representantes da sociedade civil, movimentos sociais e do governo.
A recriação do colegiado era esperada com muita ansiedade pelos membros, que vão atuar ativamente nos debates sobre políticas públicas para o fortalecimento da agricultura familiar e o desenvolvimento rural.
A mesa foi composta pelo ministro do MDA, Paulo Teixeira, que também é presidente do Condraf , pelo presidente do Incra, César Aldrighi, o presidente da Conab, Edegar Pretto, o presidente da Anater, Jefferson Coriteac, a secretária nacional de Diálogos e Articulação de Políticas Públicas da Secretaria-Geral da Presidência, Kelly Mafort, a secretária-executiva do MDA, Fernanda Machiaveli e pelo secretário-executivo dos órgãos colegiados, Samuel Carvalho.
Os discursos foram com muita alegria e satisfação de estar vivenciando esse momento tão importante para a agricultura familiar. Os membros do Condraf sabem de sua missão e responsabilidade, mas acima de tudo têm a certeza de que farão a diferença e estarão contribuindo para o desenvolvimento de políticas para o desenvolvimento rural.
O secretário-executivo dos órgãos colegiados, Samuel Carvalho, disse estar honrado com a missão de atuar no Condraf e ressaltou a importância do colegiado. “É com muita honra que recebo a missão que me foi dada e, depois de um longo trabalho nesses últimos oito meses, chegamos nesse momento tão importante de retomar esse espaço fundamental para o debate e para construção de políticas de desenvolvimento rural sustentável.”
Já, a secretária-executiva do MDA, Fernanda Machiaveli, ressaltou a participação das mulheres e o papel delas nesse momento, a exemplo da Marcha das Margaridas. “Um momento muito importante no resgate do protagonismo das mulheres nessa luta para reafirmar o nosso papel e especialmente conseguir conquistas tão importantes como ontem”.
O ministro Paulo Teixeira também exaltou a Marcha e a importância da mulher no campo. “Elas vieram porque estão ocupando cada dia mais a frente do campo brasileiro com o princípio de alimentar o povo. Não é possível um país dessas dimensões deixar 20 milhões de pessoas sem alimento e por outro lado aqueles que estão sendo alimentados estão sendo mal alimentados. A agricultura familiar veio para diversificar a qualidade da alimentação do povo. E prosseguiu: “Ontem foi muito importante para dizer que a agricultura familiar voltou para produzir alimentos e tirar o povo brasileiro do mapa da fome e alimentar correta e adequadamente.
Instalado o Condraf os conselheiros foram empossados. Um a um foram recebidos pelo ministro e presidente do Condraf, Paulo Teixeira.
Sociedade
Para a conselheira representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Débora Nunes, a expectativa é contribuir para a reconstrução do Brasil. “A expectativa é a reconstrução do Brasil nesse fortalecimento do campo e em especial naquilo que o presidente Lula tem colocado como grande desafio que é o enfrentamento da fome e que passa necessariamente pela agricultura familiar, pela reforma agrária, pela produção de alimento saudável. E de fato, é estruturar não só os órgãos, mas as políticas de uma forma que a gente possa fortalecer o campo brasileiro e contribuir efetivamente com o governo”, afirmou.
Gilvan dos Santos, também conselheiro pelo MST, está muito confiante nas possibilidades de melhoria que o Condraf pode propor. Para ele, estar no conselho é uma forma de o povo se manifestar e dizer que existe, apresentando demandas e necessidades. Segundo ele, o conselho cria esse espaço em que a sociedade pode participar da construção das políticas por meio de um governo participativo. “É o governo dizendo que a sociedade participa do governo, que a sociedade está junto com o governo, quando ela está nesses ambientes de espaço de decisão e de construção de debate de política pública. Estar no conselho traz essa importância, essa marca”.
Outra conselheira que acredita na força do Condraf é Ana Claudia Rauber do Movimento de Mulheres Camponesas. Ela explica que estar participando desse espaço é fundamental para a construção de políticas públicas e faz um apelo para que as organizações da sociedade civil do campo e da floresta estejam presentes nessa construção para que de fato essas políticas públicas cheguem nas bases e façam a diferença na vida das pessoas. “Essas políticas podem gerar renda. Um dos grandes desafios para manter a juventude no campo é a garantia de renda e também produzir mais com menos esforço físico, além de ter espaços para comercializar, que muitas vezes tem a produção mas não tem escoamento, então é muito importante existirem essas politicas”.
Hoje ainda foi iniciada a 1ª reunião ordinária. Na pauta alguns assuntos como o papel do Condraf na construção das Políticas de Desenvolvimento Rural Sustentável no âmbito do MDA e do Governo Federal e a transversalidade das Políticas de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário no 3º Governo Lula, além da retomada dos Comitês Permanentes do Conselho, serão debatidos.
Danielli Roig - Ascom/MDA