Diagnóstico
Segundo o relatório do Global Cybersecurity Index 2020 (GCI), o Brasil se encontra no 18° lugar no Índice Global de Segurança Cibernética da União Internacional de Telecomunicações (ONU), saltando 52 posições em relação a 2018. E em 3º lugar no índice regional, atrás apenas dos Estados Unidos e do Canadá, como pode ser observado.
O índice é extraído de 20 indicadores agregados em cinco pilares da segurança digital: medidas legais, técnicas, organizacionais, de desenvolvimento de capacidade e de cooperação. Seu objetivo é medir o nível de comprometimento dos países à Agenda Global de Segurança Cibernética da UIT, a qual foi lançada em 2007 e identifica essas cinco áreas de trabalho como pilares estratégicos para aumentar a confiança e segurança da Sociedade da Informação. Esses parâmetros podem auxiliar os países a identificar as áreas em que esforços precisam concentrados.
Embora o índice não avalie a implementação das ações e medidas, a subida significativa no ranking releva o impacto positivo de diversas medidas organizacionais adotadas desde a última coleta de dados, com a instituição da Política Nacional de Segurança da Informação em 2018; aprovação da Estratégia Nacional de Segurança Cibernética (E-Ciber) em 2020; e aprovação da Estratégia Nacional de Segurança das Infraestruturas Críticas também em 2020. Além disso, também se destaca a realização de simulações como o Exercício do Guardião Cibernético, que foi avaliado dentro das medidas técnicas; e a assinatura de diversos acordos bilaterais em matéria de segurança cibernética e, em termos multilaterais, o processo de adesão à Convenção de Budapeste, os quais integram as medidas de cooperação.
Salienta-se ademais a aprovação da Instrução Normativa nº 4/2020, que trata de requisitos mínimos de Segurança Cibernética que devem ser adotados no estabelecimento das redes 5G, bem como regulamentação setorial, com a aprovação do Regulamento de Segurança Cibernética aplicada ao Setor de Telecomunicações e o Ato nº 77/2021 da Anatel que aprova requisitos de segurança cibernética para equipamentos de telecomunicações. Todos esses esforços culminaram na subida da 70º posição do Brasil no GCI 2018 para a 18º posição no GCI 2020.
Mas é preciso considerar que o resultado do GCI2020 não é um ponto de chegada, mas um ponto de partida para (re)avaliar os esforços brasileiros em matéria de segurança cibernética, não apenas para manter e melhorar a colocação do Brasil no índice, mas para que esses esforços se traduzam em aumento de confiança e segurança no ambiente digital, concretizando a visão da E-Ciber de tornar o Brasil um país de excelência em segurança cibernética
Indicadores das pesquisas do Cetic.br sobre confiança no ambiente digital:
Pesquisa | Indicador | Descrição | Último dado disponível | Link |
TIC Domicílios | A10 | Domicílios sem acesso à internet, por motivos para a falta de Internet | 2020 | https://www.cetic.br/pt/tics/domicilios/2020/domicilios/A10/ |
C15 | Indivíduos que nunca utilizaram Internet, por motivo declarado para nunca ter utilizado a internet | 2020 | https://www.cetic.br/pt/tics/domicilios/2020/individuos/C15/ | |
C15A | Indivíduos que nunca utilizaram internet, por principal motivo declarado para nunca ter utilizado a internet | 2020 | https://www.cetic.br/pt/tics/domicilios/2020/individuos/C15A/ | |
G4 | Usuários de internet que não usaram governo eletrônico nos últimos 12 meses, por motivos para não utilização | 2019 | ||
H6 | Usuários de internet, por motivos para não comprar pela Internet nos últimos 12 meses | 2018 | ||
TIC Empresas | E3 | Empresas que acessaram a Internet nos últimos 12 meses, por tipo de barreira para vendas | 2019 | |
D11 | Empresas, por existência de uma política de segurança digital | 2019 | ||
D16 | Empresas, por práticas de segurança digital | 2019 | ||
Painel TIC COVID‑19 | S4AW | Usuários de internet que não realizaram consulta médica ou com outro profissional de saúde pela Internet nos últimos 12 meses, por motivos para a não utilização desse serviço | 2021 | |
P26W | Usuários de internet, por motivos para não baixar aplicativos que informem sintomas, formas de obter tratamento ou aviso de contato com pessoas com COVID-19 | 2020 | https://www.cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/2-edicao/P26W/ | |
Painel TIC COVID‑19 | P29W | Usuários de internet, por percepção de que seus dados pessoais podem ser utilizados legalmente pelo governo em situações de emergência como a pandemia COVID-19 | 2020 | https://www.cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/2-edicao/P29W/ |
P31W | Usuários de internet, por percepção dos benefícios e riscos de disponibilizar seus dados pessoais para o uso de empresas ou governos | 2020 | https://www.cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/2-edicao/P31W/ | |
P32W | Usuários de internet, por percepção sobre o controle que possuem em relação ao que é feito com seus dados pessoais | 2020 | https://www.cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/2-edicao/P32W/ | |
P33W | Usuários de internet, por percepção de quanto sabem sobre o que as empresas ou governo fazem com seus dados pessoais | 2020 | https://www.cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/2-edicao/P33W/ | |
P35W | Usuários de internet, por principal preocupação com o uso de seus dados pessoais | 2020 | https://www.cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/2-edicao/P35W/ | |
P36W | Usuários de internet, por percepção sobre o uso de dados pessoais durante a pandemia COVID-19 | 2020 | https://www.cetic.br/pt/tics/tic-covid-19/painel-covid-19/2-edicao/P36W/ |