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MCTI divulga oportunidades do Instituto Inter-Americano para Pesquisa em Mudanças Globais
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) divulga duas vagas do
Programa de Bolsas de Ciência, Tecnologia e Política
(STeP, na sigla em inglês) do
Instituto Inter-Americano para Pesquisa de Mudanças Globais (IAI)
. Os interessados têm até o dia 15 de fevereiro para submeter as candidaturas diretamente no sítio eletrônico do Instituto.
O MCTI, por meio da Coordenação-Geral de Mudança do Clima e Sustentabilidade (CGLC), é ponto focal do IAI no Brasil, em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
As vagas disponíveis são para as posições de ‘Coordenador de financiamento transdisciplinar para pesquisa em mudanças ambientais globais na Américas na diretoria do IAI’, e ‘Suporte ao desenvolvimento comunitário e à pesquisa transdisciplinar em mudanças ambientais globais do Fórum Belmont’. O trabalho é de 40 horas semanais na sede do IAI, em Montevidéu, no Uruguai. O contrato é para 12 meses com possibilidade de prorrogação por mais 12 meses. O valor máximo anual da bolsa será de U$$ 24 mil.
As candidaturas devem ser submetidas por email em espanhol ou inglês e deverão contemplar uma carta de apresentação, com até duas páginas, e Curriculum Vitae com três referências profissionais. Entre os requisitos para se candidatar está a proficiência no idioma inglês, jovem pesquisador com até sete anos de finalização do doutorado, conhecimento e interesse na interface entre ciência e política. Jovens profissionais com títulos equivalentes a mestrado e cerca de cinco anos de experiência profissional também serão considerados, entre outros aspectos.
O Programa STeP, lançado em 2019 pelo IAI, é considerado inovador e estratégico no plano internacional. É um programa de diplomacia científica que coloca cientistas em instituições públicas ou privadas anfitriãs para informar e assessorar no processo de decisão sobre assuntos que envolvem mudanças ambientais globais e desenvolvimento sustentável de prioridade nacional. Por meio desse programa, o Instituto oferece desenvolvimento de treinamento profissional e oportunidades de conexão internacional para que cientistas e decisores políticos latino-americanos incorporem a ciência como parte do processo decisório e tornem-se líderes e agentes ativos para mudanças sistêmicas nos seus países. Os participantes integram um programa de treinamento em diplomacia científica, comunicação e liderança transdisciplinar.
De acordo com Ricardo Araújo, responsável no âmbito do MCTI pelo IAI, atualmente o Programa STeP conta com a participação de sete brasileiros, sendo dois servidores do MCTI. “Por meio da participação dos debates técnico-políticos promovidos no programa, objetiva-se que os conhecimentos, as habilidades e as redes adquiridos sejam aplicados na superação de desafios de natureza multilateral”, explica Araújo.
Araújo cita como exemplos desse apoio a implementação da Estrutura de Transparência Aprimorada do Acordo de Paris no Brasil e o suporte à formulação de políticas nacionais para o fortalecimento do sistema de transparência climática do país. Segundo Araújo, a participação no Programa também permitiu avanços na execução das atuais atribuições em relação ao cumprimento de compromissos assumidos pelo País perante a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), como a implementação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo; a elaboração da Comunicação Nacional do Brasil, incluindo a confecção do Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa; a elaboração de Relatórios Bienais de Atualização, de Relatórios Bienais de Transparência e a implementação do Mecanismo Tecnológico da Convenção.
Sobre o IAI
- O IAI é uma organização intergovernamental fundada em 1992 e formada por 19 estados-membros Americanos que promove a pesquisa transdisciplinar e a melhoria das capacidades para fomentar a sensibilização pública e prover informações para os governos com o objetivo de desenvolver políticas públicas relevantes para mudanças ambientais globais, baseadas em excelência científica, cooperação internacional e intersetorial, e abertura mudanças abertura de conhecimento.