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21ª SNCT
Estudantes do DF apresentam projetos científicos durante 21ª SNCT
Foto: Gilearde Gomes (Ascom/MCTI)
“Nossa ideia é usar a tecnologia para economizar recursos que podem ser direcionados à preservação de biomas como o Cerrado”. A explicação séria e precisa não vem de um especialista em meio ambiente, mas sim de Letícia Lopes , uma jovem estudante do Centro de Ensino Médio (CEM) 304 de Samambaia. Em seu stand montado na 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), Letícia apresenta o projeto EcoLumina, do qual faz parte, que propõe uma solução inovadora para reduzir em até 25% o consumo de energia nos postes de iluminação pública, usando um sistema de sensores infravermelhos.
Ela é uma das centenas de crianças participantes do 13º Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal (DF), que funciona em integração com a SNCT. Os alunos competem ao longo do ano em etapas regionais, e os melhores trabalhos ganham a oportunidade de se apresentar durante o evento de popularização da ciência. Ao todo, foram selecionados 188 projetos, que se revezam diariamente nos mais de 30 stands reservados para os estudantes. A exposição pode ser visitada gratuitamente até sábado (9).
Em cada stand, os estudantes, ansiosos com a visita dos avaliadores, realizam explicações complexas e sabem na ponta da língua todos os termos científicos e especificidades do Cerrado, o bioma escolhidos para ser tema desta edição do Circuito, de acordo com a temática geral da Semana Nacional “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais”.
O objetivo é fomentar a produção e a difusão de conhecimento científico, tecnologia e inovação dentro das escolas da Rede Pública do Distrito Federal, por meio do incentivo aos alunos, associados a seus professores orientadores. Juntos, eles desvendam assuntos de seu interesse e se engajam na pesquisa científica.
Energia sustentável, lixo digital, filtros caseiros e mapeamento digital de queimadas são algumas das temáticas abordadas pelos alunos das dez categorias divulgadas pela Secretaria, do ensino básico à educação de jovens e adultos (EJA).
Confira abaixo alguns destaques dos 32 stands rotativos que passam pelo circuito até sábado.
O uso de espículas no combate a pombos | CEM 01 do Riacho Fundo
O CEM 01 do Riacho Fundo sofria com uma infestação de pombos, que atrapalhavam as aulas pelo barulho e afetavam a convivência dos alunos na área externa. O colega dos alunos Anna Júllia, Arthur de Jesus, Isabela de Melo, Maria Eduarda Cardoso e Rafael Laste pegou uma doença contraída pelo contato com as fezes do pombo. Assim, eles decidiram resolver o problema. Criaram um sistema de “espículas”, pequenos arames, que afastam os animais, sem machucá-los.
Gastronomia funcional, apetitosa e de baixo custo | Centro de Educação Profissionalizante - Escola de sabores 907 Sul
Orientado pelo professor Hudson André, o projeto utiliza frutas comuns para ensinar aos visitantes como produzir leite probiótico de banana, manga e pão de levedura (fermentação natural). Os produtos são funcionais, e as receitas foram desenvolvidas pelos alunos em sala de aula com o objetivo de criar um alimento saudável, apetitoso e utilizado frutas de fácil acesso em qualquer bioma.
Explorando a Composição Química do Bioma Cerrado e Suas Transformações no Solo | CEM 01 Sobradinho
Estudantes do terceiro ano do Ensino Médio escolheram mostrar, por meio de experimentos, os impactos de queimadas e o desmatamento no Cerrado, especialmente em relação à sua fertilidade. Com experimentos químicos acessíveis, eles explicam cada um dos elementos químicos presentes na formação de solos básicos ou ácidos, propondo soluções para os problemas causados pela ação humana.
O professor de Química Thayllan Lima, orientador do projeto, conta que os alunos foram os principais responsáveis pela pesquisa e pela produção de cada material apresentado. Os estudantes tornam as complexas fórmulas químicas mais fáceis de compreender, enriquecendo a apresentação.
Por Helena Prestes (estagiária da SNCT- com supervisão da Ascom do MCTI)