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21ª SNCT
Conheça três projetos de estudantes do EJA na Semana de Ciência e Tecnologia
Foto: Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)
A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) tem como característica reunir estudantes de diversas escolas do Distrito Federal que desenvolvem trabalhos em feiras de ciências e que promovem o conhecimento científico. E as turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) também fazem parte de toda essa movimentação.
O Circuito EJA da 21ª SNCT trouxe projetos voltados a diversos saberes, promovendo o protagonismo desse público e cumprindo com a função de unir as áreas da Educação, Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento social e humano.
Conheça três personagens do EJA e seus projetos na SNCT
Thiago Dias e Silva, 28 anos
Escola Meninos e Meninas do Parque
Pesquisar a vida, os modos de produção e saberes do quilombo de Mesquita, no município de Cidade Ocidental (GO) foi o objetivo do grupo do estudante Thiago Dias e Silva, 28 anos, panfleteiro. Os alunos aferiram o índice de sustentabilidade da comunidade, assim como seus conhecimentos que podem ser partilhados para auxiliar no conjunto da sociedade. “A gente aprende mais fazendo todos esses trabalhos, essas pesquisas, começa a ter mais noção e conscientização do que é a sustentabilidade, e a ideia de um mundo melhor”.
A Escola Meninas e Meninos do Parque, onde Thiago estuda, também apresentou na SNCT projetos voltados ao resgate dos cientistas negros e até a invenção de uma nova máquina de secar roupas com saberes compartilhados junto à população em situação de rua.
Joana da Silva, 64 anos
Produção de higiene para preservação do bioma
Coordenação Regional de Ensino do Recanto das Emas (DF)
Feliz em participar da sua primeira feira de ciências, Joana da Silva, 64, mostrou, junto a seu grupo de estudantes, como aprenderam o processo químico para transformar os resíduos do óleo de cozinha tradicional em produtos de higiene pessoal. “A gente não pode descartar o óleo em qualquer lugar, a natureza agradece, então aprendemos a fazer sabão, sabão líquido. Foi um pouco difícil, mas foi muito gratificante”.
Durante toda a exposição do trabalho na SNCT, Joana e demais participantes do grupo reforçaram a importância do apoio que tiveram de seus professores e professoras do EJA para tomar os primeiros passos na ciência.
Guilherme Ferreira Santos, 19 anos
Desnudando flores do cerrado, uma jornada palinológica
Centro de Ensino Médio 01 de São Sebastião
Trabalhando todos os dias com material de construção, Guilherme nunca imaginou que, durante as suas aulas de noite, na turma de EJA, iria se especializar no pólen das plantas, suas características microscópicas biológicas e químicas.
Porém, após apresentar esse trabalho na SNCT, ele agora deseja aprofundar seus conhecimentos botânicos. “Estudamos muitas plantas do cerrado e aprendemos a identificar as características do pólen. É impressionante como algo tão pequeno pode ser tão complexo e tão diferente dependendo da espécie”. O trabalho de mapeamento do grupo de Guilherme colabora com os esforços de preservação das plantas típicas do Cerrado, contribuindo para a proteção do meio ambiente.