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Entregas do ‘Pacote de Manaus’ envolvem florestas tropicais, biodiversidade e energia limpa
Foto: Diego Galba (ASCOM/MCTI)
A ‘Declaração de Manaus’ aprovada por consenso na reunião ministerial do Grupo de Pesquisa e Inovação do G20 e divulgada na quinta-feira (19), em Manaus (AM), consolidou nove entregas. O conjunto de medidas foi chamado de ‘Pacote de Manaus’’. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) coordenou o trabalho.
“Ao mesmo tempo em que fizemos uma negociação muito intensa, com guias e recomendações de comportamentos conjuntos para o futuro, também buscamos entregas mais concretas. Conseguimos atuar em ações que vão chegar na ponta, aos pesquisadores que utilizam dados da biodiversidade, por exemplo. Isso é muito relevante”, avaliou o chefe da assessoria internacional do MCTI, Carlos Matsumoto.
O G20 é um fórum multilateral que reúne os países responsáveis por cerca de 85% do PIB global. É um grupo heterogêneo formado por nações do Norte e do Sul Global. Matsumoto explica que dadas essas características, não é tão simples de convergir e, por isso, “trazer consensos é muito importante”. Ele lembra ainda que as medidas adotadas no âmbito do G20 fortalecem as ações entre os países que integram o fórum e tem repercussão global. “Esses resultados mudam a vida de pesquisadores, de pessoas que utilizam dados científicos”, complementou.
Além de uma estratégia para promover a cooperação em inovação aberta, e de recomendações sobre diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade em ciência, tecnologia e inovação, o Grupo de Trabalho realizou um seminário internacional sobre desafios e oportunidades de pesquisa e inovação sobre Amazônia e florestas tropicais.
As entregas também contemplaram a efetivação de uma chamada para financiar pesquisas sobre florestas tropicais realizada em parceria com o Belmont Forum; a iniciativa para a facilitar o cadastro de informações sobre biodiversidade na plataforma global GBIF; e a disponibilização de bases de dados sobre tecnologias e políticas de inovação para energia limpa, ambas publicadas pela Agência Internacional de Energia (IEA).
Energia limpa – A partir de uma requisição do GT de Pesquisa e Inovação, a IEA elaborou um compêndio de políticas nacionais de inovação em energia limpa para transição energética justa e uma base de dados interativa composta por mais de 550 projetos de tecnologias individuais e componentes que envolvem todo o sistema energético. Acesse o guia de tecnologias e o guia de políticas de inovação em energia limpa publicados.
Biodiversidade – O G20 e o Sistema Global de Informação sobre Biodiversidade (GBIF) estabeleceram um processo para facilitar a catalogação de espécies e expansão de bases de dados abertas de biodiversidade.
Uma das entregas é um programa de Informação sobre Biodiversidade para o Desenvolvimento, financiado pela União Europeia, que oferece bolsas para instituições como pequenos museus ou organizações da sociedade civil, para que organizem os dados disponíveis e disponibilizem na plataforma aberta GBIF.
Florestas tropicais - A chamada de ação colaborativa de pesquisa ‘Florestas tropicais: implicações globais e ações prementes’, que recebe propostas até 12 de novembro deste ano, é uma parceria entre o Belmont Forum e G20. O edital envolve apoio de 19 fundações de fomento, entre as quais estão dez fundações estaduais de amparo à pesquisa do Brasil. A chamada está voltada para ações nas bacias da Amazônia, do Congo na África e de Borneo-Mekong, no Sudeste Asiático com abordagem transdisciplinar. Leia os detalhes da chamada e submeta sua proposta aqui.