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Alimentação em escolas do Médio Solimões melhora com auxílio de unidade do MCTI
Divulgação GIZ Brasil / Instituto Mamirauá
Visando a garantia da alimentação de qualidade dos alunos e o estímulo a bioeconomia da região do Médio Solimões, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, unidade vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), implementou um projeto ao já existente Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE).
Segundo o instituto, a iniciativa Fortalecimento da Bioeconomia por meio da Estruturação das Cadeias Produtivas e de Valor da Agricultura Familiar e das suas Redes de Agroecologia no Amazonas tem o objetivo de integrar produtores locais ao PNAE, além de outras ações voltadas ao desenvolvimento da prática agroecológica, o avanço das cadeias produtivas da agricultura familiar e melhorias na implementação de tecnologias para beneficiamento de recursos naturais locais.
Com o projeto, o instituto tenta preencher ainda mais as lacunas da falta de comida de qualidade, saudável e culturalmente adequada nos refeitórios das escolas do Médio Solimões. “Os produtos que recebemos estão no dia a dia de moradores, e são bem aceitos. Apenas em 2024 nós já recebemos alimentos cinco vezes. Com a merenda de qualidade, o aprendizado só tende a crescer, principalmente quando a escola se esforça para manter um cardápio variado”, avalia o gestor da Escola Polo Municipal Indígena Espírito Santo, Claudionor Gomes Coelho. A unidade fica localizada na Aldeia São Jorge, à beira do Rio Solimões.
Ainda de acordo com o instituto, o foco do projeto é em comunidades tradicionais, terras indígenas e região de áreas rurais e urbanas específicas dos municípios de Alvarães, Maraã, Tefé e Uarini, na região do Médio Solimões. Nesses locais, a iniciativa promove um trabalho articulado, mobilizando equipes da gestão municipal da região, nutrição, equipes escolares, assistência técnica e extensão rural e produtores rurais.
“A alimentação escolar de qualidade, saudável e adequada aos hábitos e cultura locais, oriunda da agricultura familiar, povos indígenas e comunidades tradicionais, cumpre um papel muito relevante no combate à fome e à desnutrição, além de constituir uma importante alternativa de renda”, afirma a assessora técnica na GIZ Brasil, Mariana Semeghini.
Segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (PENSSAN), em 2022, cerca de 45% das pessoas da região Norte enfrentavam algum grau de insegurança alimentar, especialmente em zonas rurais. Segundo o instituto, a estimativa é que 165 escolas na região do Médio Solimões receba auxílio.
O projeto foi implementado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá em parceria com o projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor, desenvolvido pela Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável. A colaboração ocorre por meio da parceria entre Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, com recursos do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha (BMZ).