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“Meninas no Espaço” da AEB abre inscrições para novos projetos
O projeto “Meninas no Espaço” está com as inscrições abertas até 2 de agosto para um novo ciclo de atividades e ações. A iniciativa, renovada em maio deste ano, conta com o financiamento da Agência Espacial Brasileira (AEB), a execução da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e parceria com a Secretaria de Estado de Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer do Estado.
O objetivo do projeto é estimular o interesse de meninas e mulheres pelo setor aeroespacial, capacitando-as nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM). Ainda há o desenvolvimento educacional e o estímulo à igualdade de gênero no setor espacial. As regras para a inscrição constam em três editais publicados nesta segunda-feira (15).
Para o diretor de Inteligência Estratégica e Novos Negócios da agência, Paolo Gessini, projetos como este são de grande importância para a diminuição da desigualdade de gênero e das assimetrias regionais. “Programas internacionais como o GLOBE são essenciais para a conscientização ambiental. Ambos contribuem para encorajar os jovens a perseguir uma educação de nível superior em particular, mas não somente, nos setores da ciência e da tecnologia”.
Já a coordenadora de Desenvolvimento de Competências e Tecnologia, Aline Veloso, afirma que a AEB, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), busca incentivar meninas e jovens mulheres para a área espacial e suas aplicações. “Nesta edição, o projeto tem como foco o uso das tecnologias espacial para o estudo do meio ambiente. Os professores e estudantes que participarem do projeto também integrarão o Programa GLOBE, um programa internacional de educação científica e ambiental. Atualmente o GLOBE está presente em 126 países e conta com a participação de estudantes, professores e cientistas para desenvolvimento de pesquisas sobre o meio ambiente”, finalizou a coordenadora.
Inscrições e desenvolvimento
Com inscrições abertas até o dia 2 de agosto, o edital 001 oferece cinco vagas para alunas de graduação na UFRN e cada bolsa será no valor de R$ 700 reais; o edital 002 conta com quatro vagas para alunas da pós-graduação da universidade, com bolsas no valor de R$ 2.1000 reais; e o edital 003 disponibiliza 20 vagas para escolas públicas. Nesse caso, cada escola poderá inscrever equipes compostas por um professor e até seis alunas. As estudantes devem estar matriculadas no oitavo e nono ano do ensino fundamental, ou no ensino médio. As escolas selecionadas receberão bolsas de pesquisa no valor de R$ 200,00 mensais para cada aluna e R$ 700,00 para o professor responsável.
Durante o processo de desenvolvimento do projeto, as alunas participarão de atividades práticas e teóricas, incluindo a sistematização de dados e o desenvolvimento de projetos educacionais de foguetes. As cargas horários serão de 20 horas semanais e as bolsas poderão ser renovadas, dependendo da disponibilidade e desempenho. Para se inscrever, as candidatas devem preencher o formulário online e enviar um vídeo apresentando a equipe e suas habilidades.
O processo seletivo inclui a análise do currículo Lattes do professor, o histórico escolar das alunas e entrevistas. As equipes serão classificadas com base em uma fórmula que considera esses três critérios, e o resultado será divulgado no dia 14 de agosto de 2024. “Acreditamos que projetos como este são fundamentais para fomentar a inclusão e a diversidade no setor aeroespacial. Queremos que nossas alunas vejam que há um lugar para elas nesse campo e que elas têm o potencial para contribuir significativamente,” conclui a coordenadora.
Segundo a secretária de Educação do Estado, professora Socorro Batista, o projeto é um marco para o ensino das mulheres. “Estamos comprometidos em oferecer oportunidades que capacitem nossas alunas e as preparem para a sua tomada de decisão, em um processo emancipatório. Este projeto não apenas inspira, mas também mostra que a ciência e a tecnologia são campos acessíveis e promissores para todas as nossas jovens,” afirmou a secretária.
De acordo com a coordenadora da iniciativa, professora Mariana Rodrigues de Almeida, o projeto busca proporcionar uma formação abrangente e inclusiva, preparando as alunas para futuras carreiras profissionais no setor aeroespacial. “Queremos desenvolver competências que vão além do conhecimento técnico, abrangendo habilidades como comunicação, proatividade e capacidade de trabalhar em equipe”, pontuou a professora.