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Primeira fase do projeto de foguete brasileiro financiado é apresentada em SP
Foto divulgação
A primeira fase de desenvolvimento do Microlançador Brasileiro (ML-BR) foi concluída e o projeto de construção apresentado durante evento em São José dos Campos (SP). O objetivo é que o foguete lance satélites na órbita baixa da Terra a partir de Alcântara, no Maranhão.
O projeto foi apresentado na Revisão de Design Preliminar (do inglês, Preliminary Design Review - PDR) com o objetivo de obter críticas dos profissionais para a melhoria das especificações técnicas do veículo. A construção do foguete será viabilizada por um edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), ambas vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
“Este é um momento muito importante para o setor aeroespacial brasileiro. Estou muito feliz por poder participar e parabenizo as empresas pelo espírito de equipe, inclusive com interação entre os dois arranjos. Podem contar com o compromisso da Finep para o sucesso do projeto”, comemorou o superintendente da área de Inovação da Finep, William Rospendowski.
Durante o evento, que ocorreu no final de junho, foram apresentados desenhos e detalhes técnicos sobre a construção do MLBR, como projetos elétricos, sistemas de navegação e segurança, telemetria, centros de controle, estrutura, materiais, plataforma de lançamento e cálculos de massa, carga, trajetória e aerodinâmica.
Após a análise, os profissionais responsáveis pelo Veículo Lançador de Pequeno Porte (VLPP) irão fazer as adequações necessárias e realizar o detalhamento de cada item para a Revisão Crítica do Design (do inglês, Critical Design Review - CDR), prevista para junho de 2025.
Liderado pela Cenic, as empresas Concert Space, PlasmaHub, Delsis e ETsys são signatários do edital. Além dessas, também fazem parte do projeto as empresas Bizu Space, Fibraforte e Almeida, como parceiros estratégicos, e o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e a Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), que estão contribuindo para o lançamento.
“Este é um formato inovador, no qual a iniciativa privada foi convidada a ajudar na construção de um projeto nacional de extrema relevância para o país. Esperamos que esta seja uma semente para outros projetos, servindo de alicerce para que o Brasil volte a investir efetivamente nas atividades espaciais”, destacou diretor da Cenic, Ralph Correa.