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76ª SBPC
Estudo do CGEE sobre mestres e doutores é tema de debate na 76ª Reunião da SBPC
Divulgação/CGEE
Durante a programação científica da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), foi apresentado, nesta terça-feira (09), um estudo do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) que aponta um crescimento do número de empregos formais de mestres (139%) e de doutores (192%) entre os anos de 2009 a 2021. De acordo com os dados, o aumento foi, respectivamente, de mais de 5 e 7 vezes superior ao do crescimento do emprego formal total ocorrido no Brasil, no mesmo período (26%).
Segundo o levantamento “Brasil: mestres e doutores 2024", as taxas de crescimento do emprego formal de mestres e doutores foram menos afetadas pelas grandes flutuações de atividade econômica ocorridas no período analisado, quando comparadas ao emprego formal total. "O emprego dessa parcela da população não cresce como o do emprego total; cresce muito mais. A gente vê uma resiliência maior, mesmo em períodos de crise, quando se percebe um crescimento, ainda que menor", afirmou a líder do estudo, Sofia Daher.
Ainda de acordo com o estudo, o complemento da taxa de emprego formal não pode ser entendido como uma espécie de taxa de desemprego porque entre os mestres e doutores sem emprego formal também estão aqueles que estão fazendo doutorado (no caso dos mestres); pós-doutorado (para os doutores); desenvolvendo projetos de pesquisa sem emprego formal; são bolsistas; autônomos ou auto empregados; entre outros.
A pesquisa também revela um ranking das 10 atividades econômicas que mais empregam doutores, com diferenças entre as empresas privadas e as estatais. Os doutores estão empregados, principalmente, em atividades ligadas à educação (56%) na iniciativa privada, enquanto nas empresas estatais, eles estão concentrados em pesquisa e desenvolvimento científico (43%).
O estudo do CGEE fornece uma visão detalhada e abrangente sobre o impacto e a importância dos mestres e doutores no mercado de trabalho brasileiro, além de destacar a necessidade de políticas de apoio à ciência e tecnologia para o desenvolvimento contínuo do país.
A 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência segue até o dia 13, no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA).