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Embrapii desenvolve aparelho médico com tecnologia 100% nacional
Divulgação Embrappi
Com uma tecnologia pulsável, que imita o batimento cardíaco, e outra que regula automaticamente a temperatura, a Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) Cimatec e a empresa Medicicor, com o apoio do Sebrae, desenvolveram um aparelho de circulação extracorpórea (CEC) 100% nacional. A máquina deve começar a ser comercializada em 2025.
Diferente dos dispositivos atuais, a máquina faz o papel do coração e do pulmão durante cirurgias cardíacas para trocas de pontes de safena e válvula para circular o sangue, controlar a temperatura e oxigenar.
Segundo a Embrapii, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), os aparelhos funcionam de três formas: a circulação contínua, a pulsátil e a centrífuga - a mais utilizada hoje. No primeiro caso, há o risco de lesionar as válvulas das artérias, porque o aparelho não é muito fisiológico. A pulsátil imita o batimento cardíaco, o que mantém o funcionamento do corpo normalmente. Esse é o grande diferencial da máquina nacional.
De acordo com o presidente da Medicicor, Kleuder Leão, a ideia de criar o aparelho surgiu quando empresas multinacionais e fornecedoras de equipamentos similares interromperam seus serviços no Brasil.
Leão ainda explica que a busca por uma solução nacional foi motivada pela expertise da empresa em tecnologias médicas e pelo conhecimento das necessidades do mercado brasileiro. Ele resolveu então procurar a Unidade Embrapii Cimatec para desenvolver a solução.
Para Kleuder Leão, o modelo que a Embrapii oferece acelera projetos que sem investimentos poderiam demorar décadas para sair do papel. “Esses apoios são fundamentais porque são investimentos em tecnologia de valor muito alto. Se não existisse esse sistema de incentivo ficaria quase impossível a gente fazer. Porque o payback seria com o tempo infindável, de até 40 anos. Quando há investimento reduz o prazo para oito, 10 anos. E nos ajuda a nos tornarmos independentes da tecnologia internacional.”