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Plano Brasileiro de Inteligência Artificial
Conselheiros do CCT se reúnem para alinhar últimos ajustes do PBIA
Nesta terça-feira, 23, membros do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia se reuniram na sede da Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para alinhar as últimas contribuições para a construção do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) que será apresentado na 5ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontece nos dias 30 e 31 de julho e 1º de agosto. O objetivo do encontro foi ouvir os conselheiros para os ajustes finais do Plano.
A reunião contou com a presença do ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o vice-presidente Geraldo Alckmin, que ao lado da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos destacou o papel da IA para a indústria e desenvolvimento.
“Quero agradecer a ministra Luciana Santos que é parceira no programa Nova Indústria Brasil”, disse Alckmin. “A inteligência artificial tem um papel central hoje nas maiores empresas do mundo que são praticamente todas de tecnologia”, destacou.
Segundo Alckmin a velocidade das mudanças no mundo exige que o Brasil se prepare no tema de IA. “Esse é um dos grandes desafios da Inteligência Artificial: como implementá-la, como estimulá-la e como regulá-la”, disse. Para ele, o país deve estar preparado para as consequências positivas da tecnologia e também para minimizar os desafios que enfrentará. “Cabe a universidade, a sociedade civil, o governo e o setor produtivo se debruçarem sobre o tema”, completou o vice-presidente.
A ministra do MCTI, Luciana Santos enalteceu o trabalho realizado pelos membros do Conselho na construção deste plano que será apresentado ao presidente Lula, que também acumula o cargo de presidente do Conselho de Ciência e Tecnologia. “Essa força-tarefa foi feita, a partir do pedido do presidente Lula, e essa reunião procura consolidar esse processo de criação para apresentar ao presidente na próxima semana”, declarou.
Para Luciana a IA é uma ferramenta que tem um impacto gigantesco na revolução tecnológica em que o mundo está passando. “Ela [IA] impacta diversas cadeias produtivas em vários aspectos que vai do meio ambiente, a economia, a política e muitas outras vertentes”, enfatizou.
“Fico muito animada com o presidente Lula compreendendo essa dimensão da IA. Ele tem falado disso em todos os ambientes que tem visitado e mostra a visão de quanto a ciência, tecnologia e a inovação têm papéis relevantes para esse contexto em que o Brasil precisa se posicionar para garantir a soberania e uma política de inclusão e igualdade em que a inteligência artificial pode proporcionar se estiver a serviço do bem de todos”, completou.
Os conselheiros apresentaram propostas e sugestões que serão incluídas nos eixos estruturantes do Plano. O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial foi construído ao longo de quatro meses e contou com a colaboração do governo federal, setor privado, sociedade civil, academia, além de especialistas em TI, órgãos de regulação e controle. Foram mais de 300 participantes, 117 instituições públicas, privadas e da sociedade civil. Consolidando em 22 documentos recebidos do CCT com 289 propostas.
Os conselheiros ainda poderão enviar novas contribuições até quinta-feira, 25. “A reunião foi muito positiva, ela coroa um processo de elaboração do PBIA. Um plano muito participativo, os membros do CCT se sentiram diretamente partícipes da elaboração do plano, todos encaminharam sugestões e propostas que foram incorporados aos eixos estruturantes do plano”, ressaltou o secretário-executivo do MCTI, Luís Fernandes.
Fernandes também falou sobre a importância do PBIA. “O Plano é absolutamente fundamental porque a inteligência artificial vai determinar novos padrões de organização econômica e social. Quem tiver o domínio dessa tecnologia terá melhores condições de garantir melhor qualidade de vida para a população e também autonomia no seu desenvolvimento”, finalizou.