Notícias
Brasil propõe inovação aberta para um desenvolvimento justo e sustentável no Science20
Foto: Julio Cesar Guimarães/ABC
O secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luis Fernandes, participou, nesta segunda-feira (1º), da abertura do Science20 Brasil 2024, no Rio de Janeiro. O S20 é formado pelas academias nacionais de ciências dos países do G20 e organizado no Brasil pela Academia Brasileira de Ciências (ABC).
O representante do MCTI afirmou que o Brasil deseja a transformação da pesquisa e inovação dos ecossistemas de maneira a responder de forma responsável e efetiva aos desafios sociais e ambientais.
“Aqui deve ser um espaço aberto e transparente para construir um sistema mais sustentável, acessível, inclusivo e adaptado, com foco especial na redução das desigualdades na ciência, tecnologia e inovação e incluir a justiça social e ambiental responsável em um desenvolvimento econômico. Dessa forma, o Brasil propõe o tema 'Inovação aberta para um desenvolvimento justo e sustentável'", disse o secretário.
Anualmente as organizações científicas internacionais se reúnem para elaborar diretrizes e apresentá-las aos líderes do G20. Nesta edição, são debatidos cinco grandes temas: Inteligência Artificial, Bioeconomia, Transição Energética, Desafios da Saúde e Justiça Social.
Seguindo o mesmo caminho da cúpula, o secretário-executivo citou as prioridades do governo Lula. “O Brasil propõe enfrentar a desigualdade tecnológica e científica e o desbalanceamento da atividade científica, mostrando os problemas relacionados às assimetrias globais no acesso e produção da ciência, tecnologia e inovação no centro do nosso governo”, afirmou.
Além de Fernandes, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera, o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, e a presidente da ABC, Helena Nader, também estiveram presentes e discursaram na abertura. O evento segue até esta terça-feira (2).
“O Brasil reconhece a importância do trabalho em conjunto para permitir a inovação ao nível internacional, assim como desenvolver princípios de trabalho, mecanismos e traçar estratégias em comuns”, disse Fernandes.
S20
Como parte e apoiador do G20, o Science20 segue a mesma agenda aprovada em 2015 pelos 20 países constituintes para reduzir a pobreza e proteger o planeta até 2030. Anteriormente, a cúpula já passou por Alemanha (2017), Argentina (2018), Japão (2019), Arábia Saudita (2020), Itália (2021), Indonésia (2022) e Índia (2023).
“Para ser capaz de produzir uma ciência para a transformação global e enfrentar os atuais e futuros desafios, os ‘negócios de sempre’ não serão suficientes. Na verdade, fazer tudo como de costume não vai reduzir, mas sim aumentar as desigualdades, tornando ainda mais difícil para as nações que chegar atrasadas no processo de desenvolvimento para avançar”, finalizou o secretário-executivo.