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76ª SBPC
“Grande desafio do Pop Ciência é integrar toda produção de conhecimento científico no Brasil”, afirma diretora do MCTI
Fotos: Diego Galba (ASCOM/MCTI) Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)
Durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) o público presente pode conhecer mais a respeito do Pop Ciência, programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para popularização da CT&I. A discussão aconteceu na última terça-feira (9), no Auditório L1, no Campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), com a participação de Juana Nunes, diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica da pasta.
Ainda participaram do encontro os professores Rodrigo Arantes Reis (UFPR) e Alessandra Fernandes Bizerra (USP). Quem coordenou a mesa foi a professora Maria Ataíde Malcher (UFPA). De acordo com Juana Nunes, o Pop Ciência já é um sucesso a ser comemorado. “Precisamos apenas começar. O programa ganha corpo a partir do momento que colocamos na rua. Agora, o desafio do Pop é integrar todos os programas de popularização de todos os estados brasileiros dentro dele. Temos que articular, dar visibilidade e torná-lo marcante”, incentivou Nunes.
Alessandra Fernandes Bizerra, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), fez um panorama avaliativo dos programas de popularização da ciência no Brasil. De acordo com ela, as métricas existentes hoje no país são mais quantitativas para avaliação da divulgação científica, e a ideia do estudo realizado pela USP, é de fazer uma avaliação por princípios. O Pop Ciência envolve a inclusão social, acessibilidade, transformação social, combate ao racismo e às fake news, a valorização da diversidade etc. Essas são avaliações por princípios. “O nosso grande desafio é além da inclusão, promover a participação das pessoas na ciência e tecnologia. Despertar o interesse delas pela produção de conhecimento”, disse.
Na Universidade Federal Paraná alguns programas são desenvolvidos com resultados positivos. É o caso do Programa Paraná Faz Ciência. Rodrigo Arantes Reis (UFPR) falou sobre a necessidade de mais recursos para o desenvolvimento da CT&I no Brasil por meio da popularização e educação. É preciso fazer um trabalho cooperativo e em rede. “A popularização da ciência hoje é muito forte e muito potente no Brasil, mas ela é desarticulada. Às vezes você tem no mesmo território iniciativas de feiras, de museus, de clubes de ciência que dialogam muito pouco entre si”, finalizou.
Para mais informações sobre o Pop Ciência acesse https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/popciencia