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Mulheres são maioria dos mestres e doutores no Brasil, aponta estudo do CGEE
ASCOM CGEE
O Estudo Brasil: Mestres e Doutores 2024, do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, apontou que as mulheres são maioria entre os mestres e doutores titulados no Brasil. Em 2021, a participação feminina chegou a 56,8% dos títulos de mestre concedidos e 55,6% dos doutores, maiores registros da série, que iniciou em 1996.
O estudo, que chega a sua quinta edição, traz um panorama estatístico sobre a formação e emprego dos mais de 1 milhão de mestres e quase 320 mil doutores formados no Brasil de 1996 a 2021. São abordados temas como as taxas de emprego formal; participação de mulheres; impactos da Covid 19; quantidade de títulos e distribuição regional. O trabalho é fruto do Contrato de Gestão entre o MCTI e o CGEE.
A pesquisa também demonstra que as áreas de conhecimento com maior participação de mulheres no mestrado e no doutorado foram Ciências da Saúde e Linguística, letras e artes, em diferentes proporções. Outro registro é o crescimento do emprego formal para mestres e doutoras. No entanto, em todas as áreas do conhecimento, as mulheres com títulos de mestrado e doutorado receberam remuneração média inferior à dos homens.
No evento de lançamento da pesquisa, o secretário substituto de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Osvaldo Moraes, ressaltou que as instituições nacionais precisam usar esses dados para elaborar políticas públicas.
“O Estado brasileiro precisa se apropriar do conhecimento da ciência para tomar decisões. Não adianta formarmos mestres e doutores se não tivermos uma política induzida para saber por que estamos fazendo esse investimento. A gente precisa olhar esses números para pensar quais os investimentos e quais áreas nós temos que induzir”, afirmou.
O diretor-presidente do CGEE, Fernando Rizzo, destacou os diferentes recortes trazidos pela edição da publicação. “É um projeto que vem fazendo um trabalho muito importante de registrar como a pós-graduação tem evoluído de maneira consistente. É uma área fundamental para o processo de pesquisa e inovação no Brasil”.
Já o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão, frisou o papel da atuação de mestres e doutores não somente na academia, mas nas empresas e setor produtivo.
“Nós não vamos ter um desenvolvimento sustentável no Brasil, socialmente justo e equânime sem políticas públicas baseadas na ciência e tecnologia. Estamos incentivando no CNPq o emprego de mestres e doutores nas empresas e setores produtivos para que possamos avançar”.
Como acessar
O estudo está disponível na página https://mestresdoutores2024.cgee.org.br/inicio. No site é possível acessar a íntegra da pesquisa, baixar os dados, assim como filtrar as diferentes tabelas. É possível navegar pelos capítulos Programas e Cursos, sobre a expansão dos programas de pós-graduação no Brasil; Títulos, a respeito da evolução da titulação no mestrado e no doutorado; Emprego, que trata da participação dos pós-graduandos no mercado de trabalho; Regional, que analisa o processo de desconcentração dos cursos; e Participação de Mulheres.
O trabalho usa dados da Plataforma Sucupira, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). Por meio de gráficos, análises e estatísticas, essas informações estão disponíveis na plataforma do Serviço de Informações de Recursos Humanos para Ciência, Tecnologia e Inovação (RHCTI) do CGEE.
A íntegra da apresentação da pesquisa está disponível no canal do YouTube do CGEE https://youtu.be/RX--0yMPtt0