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Ministra do MCTI visita obras do laboratório de biossegurança máxima Orion
Foto: Luara Baggi (ASCOM/MCTI)
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, visitou na sexta-feira (14) o campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) para acompanhar as obras de implantação do projeto Orion – complexo para pesquisas avançadas em patógenos inédito no mundo, o primeiro conectado a uma fonte de luz síncrotron, o Sirius.
A ministra foi recebida pelo diretor-geral do CNPEM, Antonio José Roque da Silva, e disse que sua presença no CNPEM é uma preparação para a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá ocorrer nas próximas semanas. “Estamos aqui para acompanhar as obras e preparar a visita do presidente, mostrando que os investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não ficam apenas no papel, mas que já estão se tornando reais”, afirmou.
Luciana Santos acrescentou que as pesquisas desenvolvidas futuramente no laboratório de biossegurança máxima (NB4) Orion darão soluções e previsão para pandemias. “Nós sabemos o que passamos na Covid-19 e, com o Orion, poderemos apresentar soluções rápidas. Por isso, ele foi colocado no PAC como prioridade pelo presidente. Temos investimentos previstos de mais de R$ 1 bilhão que poderão salvar vidas, com tecnologia para prevenir e combater doenças que podem aparecer”, afirmou a ministra.
Ela visitou o local onde está sendo realizada a obra de terraplenagem e infraestrutura para a construção do prédio do Orion. O diretor do CNPEM mostrou em vídeo como será o prédio, e como será interligado ao Sirius. Também foram apresentadas as etapas de construção, e as roupas especiais que serão utilizadas pelos cientistas e técnicos que trabalharão no laboratório NB4.
O diretor disse que a implantação no Orion não se restringe à construção do prédio e instalação de equipamentos, mas também à formação dos profissionais que trabalharão no complexo. Muitos pesquisadores já estão no exterior e outros irão em próximas etapas para treinamentos e aperfeiçoamento, já que não existe no Brasil laboratório similar ao que será implantado no Orion.
“Eles passarão meses no exterior aprendendo a trabalhar nesses ambientes. Protocolos também estão em desenvolvimento, inclusive para a preparação de amostras. Nós também temos um programa avançado de treinamento que estamos mostrando para a ministra”, explicou o diretor José Roque.
Projeto Orion
O projeto Orion será um complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos, que compreenderá instalações de alta e máxima contenção biológica (NB4) inéditas na América Latina, as primeiras do mundo conectadas a um acelerador de partículas, o Sirius. A estrutura está sendo construída na cidade de Campinas (SP), no campus do CNPEM.
O Projeto Orion reunirá técnicas analíticas e competências avançadas de bioimagens, que serão abertas à comunidade científica e aos órgãos públicos. Ao possibilitar o avanço do conhecimento sobre patógenos e doenças correlatas, o Orion subsidiará ações de vigilância e política em saúde, assim como o desenvolvimento de métodos de diagnóstico, vacinas, tratamentos e estratégias epidemiológicas.
Instrumento de apoio à soberania nacional no enfrentamento de crises sanitárias, o Orion tem o potencial de beneficiar diversas áreas, como saúde, ciência e tecnologia, defesa e meio ambiente. A concepção do Orion deve ainda fortalecer o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), iniciativa coordenada pelo Ministério da Saúde, voltada ao atendimento de demandas prioritárias do Sistema Único de Saúde (SUS).
A execução do projeto Orion é de responsabilidade do CNPEM, uma organização social vinculada ao MCTI. O Projeto integra o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) do Governo Federal, é financiado com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) do MCTI e apoiado pelo Ministério da Saúde (MS).
Sirius
O Novo PAC foi anunciado em agosto de 2023, e inclui recursos do FNDCT/MCTI para a fase II do Sirius, contemplando a construção de dez novas estações de pesquisa, além da otimização das instalações.
Atualmente no Sirius – uma das três fontes de luz síncrotron de quarta geração do mundo – dez estações de pesquisas já foram abertas à comunidade científica, e outras quatro estão em fase final de testes, concluindo assim a Fase I do Projeto.
Com a fase II, a capacidade de atendimento do Sirius será ampliada, com a disponibilização de mais dez linhas de luz, com novas técnicas de análise que irão beneficiar a sociedade em diversos campos do conhecimento, como saúde, agricultura, meio ambiente, energias renováveis, materiais sustentáveis, entre outras possibilidades.
A visita da ministra Luciana Santos foi acompanhado por Maria Augusta Arruda, do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio); Rodrigo Capaz, do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano); Harry Westfahl Jr. do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS); James Citadini, Diretor-Adjunto de Tecnologia do CNPEM; Adalberto Fazzio, diretor da Ilum, a Escola de Ciência CNPEM; Renata de Vasconcellos Aquino, da Diretoria de Serviços Compartilhados (DSC), entre outros colaboradores do Centro.
Com informações do CNPEM