Inteligência Artificial é tema de reunião entre MCTI e embaixador do Japão

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, recebeu nesta segunda-feira, 10, em Brasília, o embaixador do Japão no Brasil, Hayashi Teiji. O encontro teve o objetivo de fortalecer a cooperação entre os países em diferentes áreas e tratar de inteligência artificial. Em maio, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, visitou o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

O embaixador do Japão compartilhou a iniciativa liderada pelo país de elaborar princípios para orientar o uso da IA e um código de conduta para desenvolvedores, conhecida como Processo Hiroshima de IA, por meio de um Grupo de Trabalho do G7.

A ministra Luciana Santos afirmou que os documentos do Processo de Hiroshima possuem consonância com os objetivos do Brasil, e que o país está disposto a colaborar nos fóruns internacionais, como o G20 e Nações Unidas, para que a tecnologia resulte em benefícios para a sociedade.

“Nosso objetivo é assegurar a todos acesso adequado à economia digital e a serviços públicos eficientes, combater a desinformação e discursos de ódio que ameaçam nossas sociedades e democracias, e promover o uso da IA não apenas como uma ferramenta de desenvolvimento, mas também como meio de redução das disparidades sociais e econômicas, tanto internamente quanto entre as nações”, afirmou.

A ministra também explicou as iniciativas nacionais como a atualização da Estratégia Brasileira de IA (EBIA) e a elaboração do Plano Nacional de IA (PBIA), que deve ser apresentado durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5CNCTI).

“O presidente Lula nos cobrou a elaboração do Plano Nacional de IA, que será apresentado durante a 5CNCTI, realizada de 30 de julho a 1º de agosto. O Plano será baseado em quatro pilares: infraestrutura, capacitação, setor produtivo e regulação e preverá implementação em setores específicos, como saúde”, explicou.

O embaixador também elogiou a longevidade das relações entre os dois países e mencionou cooperações bilaterais em outras áreas como tecnologia, TV digital e meio ambiente.