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Enfrentamento à mudança climática precisa de trabalho em rede e cooperação, afirma ministra
Foto: Luara Baggi (ASCOM/MCTI)
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou a relevância do trabalho conjunto e a pesquisa realizada em rede para fortalecer os mecanismos de avanço científico e tecnológico para o enfrentamento da mudança climática. “Esse é o melhor caminho para construir as soluções para nossa sociedade e para a humanidade. Não é possível fazer isso sozinho. Só é possível fazer isso de modo conjunto e coletiva. Não só no Brasil, mas também com redes de cooperação internacional”, afirmou.
A titular da pasta abriu nesta terça-feira (18) a 1a Conferência Nacional sobre Mudança do Clima promovida pela Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas (Rede Clima). O evento terá duração de três dias com mais de 15 painéis nos quais serão abordados os principais tópicos da agenda climática e suas transversalidades, incluindo financiamento à ciência de ponta, soluções para adaptação à mudança do clima e redução de emissões de gases de efeito estufa. Os debates também almejam construir uma agenda da ciência brasileira para a COP30, que será realizada em 2025 em Belém (PA).
No discurso de abertura, a ministra destacou o posicionamento do governo federal em fortalecer as ações interministeriais propositivas e os instrumentos para garantir uma política pública à altura dos desafios e fenômenos que estão acontecendo. “A mudança do clima não é para amanhã. É para já, está acontecendo. Ela vai acontecendo todos os dias e de maneira contundente. São as populações mais pobres e as nações em desenvolvimento que pagam o preço mais alto”, alertou.
A ministra defendeu que haja maior interação, diálogo e entendimento entre a produção científica e a apropriação dessas informações pela sociedade, especialmente pelos gestores, seja da esfera pública ou da iniciativa privada. “A ponte que conecta a gestão com a ciência precisa ser sólida, de mão dupla e permanente. Assim, teremos mais possibilidades de sucesso na apropriação de evidências científicas na tomada de decisão”, disse.
A secretária Nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, que representou a ministra Marina Silva na abertura do evento, destacou o trabalho conjunto entre o Ministério de Meio Ambiente e o MCTI, e a contribuição da Rede Clima no processo de construção do Plano Clima, que está facilitando a utilização dos melhores dados científicos disponíveis para todos os setores. “A ciência é a base deste debate que temos agora por meio do Plano Clima”, declarou.
O coordenador da Rede Clima, Moacyr Araújo, destacou a trajetória de cooperação com os ministérios e como pode continuar a contribuir. “A ciência é a única capaz de traçar os caminhos e contribuir para a redução para a desigualdade social”.
Sobre a Rede - A Rede Clima, é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), instituída em 2007, que tem como objetivo principal o desenvolvimento científico como subsídio aos tomadores de decisão para que o Brasil possa responder aos desafios da mudança climática, considerando as causas e impactos. A Rede é um instrumento institucional para a implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), de 2009. Desde 2023, integra o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM), o órgão máximo de decisão na esfera nacional sobre este tema, como membro permanente sem direito a voto.
Acompanhe a íntegra do primeiro dia da Conferência neste link.
Para inscrições e acesso a programação completa acesse aqui.
Os painéis são transmitidos pelos canais digitais da RedeClima e do Ipea.