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Decreto que cria o Programa Mais Ciência na Escola é assinado durante Cerimônia Nacional da OBMEP
Foto: Luara Baggi (ASCOM/MCTI)
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou, nesta terça-feira (11), no Rio de Janeiro, da entrega de 650 medalhas de ouro aos vencedores da 18ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), realizada em 2023. Durante o ato, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou o decreto do Programa Mais Ciência na Escola, que será desenvolvido por meio de parceria entre o MCTI e o Ministério da Educação, para fortalecer a cultura científica dentro das escolas brasileiras.
“A única coisa que eu quero é que todos, sem distinção, meninas e meninos deste país possam ter a mesma chance de disputar as mesmas coisas", disse o presidente Lula, durante a solenidade. A ação tem como objetivo disseminar o letramento digital e a educação científica na educação básica, com implantação de laboratórios maker em escolas públicas, acompanhados de planos de atividades, formação de professores e bolsas para professores e alunos. Uma parceria entre escolas e instituições científicas, tecnológicas e de inovação, com caráter de extensão.
“O Programa vai oferecer uma estrutura para que a educação básica tenha mais atividades mão na massa, dando protagonismo aos estudantes para que, com orientação e compartilhamento de conteúdo de seus professores, possam desenvolver diversos projetos, inclusive criar soluções para o cotidiano de sua família, de sua comunidade, a partir do método científico”, ressaltou a ministra Luciana Santos.
Ainda na ocasião, a titular do MCTI anunciou, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a primeira Chamada Pública para implementação do Mais Ciência na Escola em mil escolas do país. O edital vai selecionar propostas de ICTs interessadas em constituir redes estaduais do programa e implementar laboratórios maker. A chamada pública tem como objetivo selecionar propostas de Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) para constituir redes estaduais. As propostas devem incluir planos de atividades que promovam o letramento digital e a educação científica e tecnológica para estudantes e professores da educação básica.
O programa se propõe a implantar laboratórios maker em escolas públicas, criando espaços equipados onde os estudantes podem transformar ideias em projetos colaborativos, criativos e reflexivos, promovendo o letramento digital e a educação científica pela experimentação prática.
“Nesta primeira chamada, será realizado um investimento de R$100 milhões do Programa Conecta & Capacita Brasil, com recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O custo por escola será de até R$100 mil, para que sejam implementados os laboratórios, as bolsas para estudantes e professores, além de suporte para as atividades, detalhou a ministra Luciana Santos.
Mais Ciência na Escola
O projeto integra a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas e do Programa Escola em Tempo Integral, ação que tem como objetivo oferecer letramento digital e educação midiática, combater a desinformação e diversificar a expansão do tempo escolar através da aprendizagem baseada em investigação, experimentação científica e abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática). Para viabilizar essas ações, serão concedidas bolsas do CNPq para coordenadores estaduais e de redes, professores das escolas participantes, especialistas externos, e estudantes de graduação, ensino médio e anos finais do ensino fundamental.
OBMEP
Promovida pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a maior competição científica do país reúne anualmente mais de 18 milhões de participantes. Na edição de 2023, foram mais de 55 mil escolas públicas e privadas, abrangendo 99,8% dos municípios brasileiros. “É esse tipo de política pública que queremos multiplicar. Queremos aproximar nossos estudantes das ciências, despertando interesse pelo estudo, juntando teoria e prática, com mais investigação e experimentação científica, enfrentando desigualdades e ampliando oportunidades”, enfatizou a ministra.
Entre os 650 medalhistas de ouro da OBMEP, nove já são alunos do IMPA Tech, programa de graduação do IMPA. Inaugurado este ano, o processo seletivo levou em conta o desempenho em olimpíadas do conhecimento. “O presidente Lula foi visionário na criação de Olimpíadas. Também foi visionário, juntamente com o prefeito Eduardo Paes, de criar a primeira faculdade de matemática do país, para aproveitar o talento dos medalhistas da OBMEP”, celebrou o ministro da Educação, Camilo Santana.
Além das medalhas de ouro entregues na solenidade, a 18ª edição da competição distribuiu em cerimônias regionais 1.950 de prata, 5.850 de bronze e 48.163 menções honrosas. Os medalhistas são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica (PIC Jr.) como incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico. A iniciativa oferece uma bolsa de R$ 300 aos alunos de escolas públicas que integram o programa.
A cerimônia nacional contou ainda com a presença da primeira-dama Janja da Silva; do prefeito da capital carioca, Eduardo Paes; do presidente do CNPq, Ricardo Galvão; do diretor-geral do IMPA, Marcelo Viana, entre outras autoridades.