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MCTI participa de segunda reunião da Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia
Foto: Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou, nesta terça-feira (07), da abertura da segunda reunião técnica da Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB). A cerimônia também contou com a presença da primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, e da ministra do Meio Ambiente e Mudanças do Clima, Marina Silva, além do embaixador André Corrêa do Lago, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores.
Durante três dias, delegações dos países participantes irão trocar experiências e discutir caminhos para o uso sustentável dos recursos naturais. A GIB representa um passo inédito da presidência do Brasil no G20, que coloca a bioeconomia no centro do debate pela primeira vez. A iniciativa envolve doze ministérios e órgãos do governo federal com atuação na área.
“O Brasil tem uma posição privilegiada para falar sobre o tema, pois possuímos a maior biodiversidade do planeta. Trouxemos para discussão com as maiores economias do mundo o desafio de como promover um modelo de desenvolvimento sustentável, que beneficie a todos no contexto da crise climática e ambiental”, afirmou a primeira-dama Janja Lula da Silva.
Os debates da Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia estão organizados em três eixos principais: o papel da ciência, tecnologia, pesquisa, inovação e conhecimento tradicional para a bioeconomia; o uso sustentável da biodiversidade; e a bioeconomia como promotora do desenvolvimento sustentável em suas três dimensões – social, econômica e ambiental.
“É fundamental destacar o papel do conhecimento para a bioeconomia, considerando desde os saberes tradicionais até os mais recentes avanços da ciência. Queremos explorar as possibilidades de cooperação e buscar formas de garantir que a bioeconomia contribua para a inclusão social”, destacou a ministra Luciana Santos.
Iniciativas do MCTI
Em seu discurso, a ministra ressaltou que a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação inclui o tema como estratégico. Ela citou o Programa Cadeias Produtivas da Bioeconomia, que apoia 54 projetos de pesquisa e desenvolvimento selecionados por meio de chamadas públicas. O investimento é de cerca de R$ 130 milhões. Outra iniciativa citada foi o lançamento da Chamada de Subvenção Econômica em Bioeconomia, com recursos de mais R$ 250 milhões.
Luciana Santos também falou sobre a importância dos acordos internacionais firmados pelo MCTI, como o relançamento do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica e a cooperação em bioeconomia com a Alemanha, cuja chamada pública deve ser publicada ainda este ano.
“Nosso foco é colocar o Brasil como líder na descarbonização da indústria, na transição energética e na garantia de recursos naturais para as próximas gerações”, declarou.
G20
O G20 é o principal fórum de cooperação econômica internacional e reúne 19 países (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia) e dois órgãos regionais (União Africana e União Europeia).
O grupo tem presidências rotativas anuais e esta é a primeira vez em que o Brasil ocupa a liderança. Por meio do trabalho da GIB, o Brasil irá consolidar os chamados Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia, que será apresentado na reunião da Cúpula de Líderes, em novembro, no Rio de Janeiro.