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Cemaden é vencedor do prêmio Faz Diferença na categoria Brasil
Divulgação/Cemaden
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), foi vencedor do prêmio Faz Diferença 2023, na categoria Brasil. Em sua 21ª Edição, o prêmio é uma iniciativa do jornal O Globo, em parceria com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). O anúncio, feito no último sábado (11), homenageia brasileiros que inspiraram por seu trabalho e dedicação no último ano.
A premiação reconhece e destaca Cemaden pelo trabalho de alerta sobre a transição rápida do fenômeno La Ninã para o El Niño, em meados do ano passado. Esses fenômenos foram responsáveis pelas variabilidades das chuvas que impactaram a Amazônia e a região Sul no Brasil. Também apontou a incidência de calor extremo relacionado com as secas e o aquecimento do oceano Atlântico, que impactaram outras regiões do Brasil.
O Cemaden monitora ininterruptamente 1.133 municípios, que representam 20% das cidades do país e abrangem quase 60% da população brasileira. Esses municípios foram considerados prioritários por terem suscetibilidade e histórico de ocorrências de desastres, áreas de risco mapeadas e contarem com equipamentos para monitoramento de chuvas.
Em 2023, o Cemaden registrou o segundo maior número de ocorrências de eventos de desastres, de pequeno, médio ou grande porte no Brasil (1.346) desde sua criação, em 2011, após a tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro.
“O Cemaden monitora 24 horas por dia, 7 dias da semana. Esse trabalho é realizado por uma equipe de servidores efetivos de diferentes áreas, como geologia, hidrologia, meteorologia e ciências sociais”, explica a pesquisadora Regina Alvalá, diretora-substituta do Cemaden.
Além do monitoramento e alertas de desastres, avanços no conhecimento a partir de pesquisas científicas conduzidas no âmbito da ciência dos desastres, e desenvolvimentos tecnológicos, o Cemaden contribui com vários outros órgãos do governo e instituições, provendo informações relevantes para subsidiar tomadas de decisão, principalmente, para os setores de energia, de abastecimento de água e de agricultura familiar.
“O Cemaden agradece o reconhecimento pelas contribuições dadas ao país e continuará empenhando esforços para ampliar e aprimorar os serviços a toda a sociedade, essenciais em época de eventos extremos e mudanças climáticas, de forma a diminuir os impactos socioeconômicos e ambientais”, afirmou Regina Alvalá.
“Neste momento, em que fortes impactos de um grande desastre ainda afetam a população do estado do Rio Grande do Sul, essa premiação reforça nossa responsabilidade em continuar envidando esforços nos avanços do conhecimento, na busca por mais investimentos para a ciência e tecnologia, para aumentar os subsídios provendo informações relevantes para a definição de políticas públicas, juntamente com outros setores e sociedade, para o enfrentamento dos extremos climáticos”, destacou a diretora.
Monitoramento
O Cemaden foi criado em 1º de julho de 2011, a partir do megadesastre ocorrido na Região Serrana do Rio de Janeiro naquele ano. A instituição ficou responsável por realizar o monitoramento, de forma ininterrupta, para prover alertas de riscos de desastres deflagrados por extremos hidrometerológicos, bem como foi direcionada a desenvolver pesquisas estado-da-arte em temas correlatos aos desastres que mais impactam o território brasileiro.
Logo após a criação, o Cemaden também começou a implementar uma rede de monitoramento ambiental observacional dedicada ao monitoramento de chuvas e outras variáveis relevantes para subsidiar o monitoramento e pesquisas na área de desastres relacionados ao clima. Em 2012, o Centro passou ainda a monitorar impactos de secas e escassez de chuvas, inicialmente na região semiárida do Brasil e, posteriormente, em todo o território brasileiro.
Em 18 de Outubro de 2016, o Cemaden foi declarado como uma Instituição Científica e Tecnológica (ICT) integrante do então Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio do Decreto nº 8.877.
Com informações do Cemaden