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Ministério lidera comitiva de pesquisadores em materiais avançados e nanotecnologia a Singapura e Reino Unido
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC), liderou uma comitiva de pesquisadores da área de materiais avançados, nanotecnologia e grafeno a Singapura e Manchester, Reino Unido. Nas duas semanas de imersão, os cientistas puderam ver de perto a aplicação do planejamento a longo prazo, investimentos em CT&I e aproximação com o setor produtivo promovidos nesses países.
Segundo o coordenador-geral de Tecnologias Habilitadoras do MCTI, Felipe Bellucci, um dos principais vetores para o desenvolvimento desses setores é o estímulo a alianças estratégicas internacionais. “Neste ponto, Singapura e o Reino Unido se destacam pela histórica, profícua e mútua cooperação com o Brasil, pela atual sofisticação de seus sistemas de inovação, pela estrutura de liberdade econômica e pela exitosa articulação entre talentos, academia e setor privado”, afirmou.
Em Singapura foi identificada uma dinâmica de superação das limitações físicas. Apesar do pequeno território e ausência de recursos naturais, a nação se destaca como um dos países mais ricos do mundo. Singapura investe a longo prazo em pesquisa e inovação na área de nanotecnologia e materiais avançados, colhendo já os primeiros frutos dessa visão de futuro.
Já em Manchester, no Reino Unido, foi identificada uma base científica sólida, duas instituições bicentenárias (fundadas em 1824): a Universidade de Manchester e a Universidade Metropolitana de Manchester e uma cultura de interação universidade-indústria praticamente indissociável. A cidade é conhecida como a casa do grafeno, uma vez que o material foi isolado lá pela primeira vez em 2004, sendo seus pesquisadores laureados com o prêmio Nobel em 2010.
As duas principais instituições visitadas na cidade foram o Centro de Engenharia e Inovação em Grafeno (Graphene Engineering Innovation Centre - GEIC) e o Centro Nacional do Grafeno (National Graphene Institute – NGI).
Em todas as interações com universidades, centros de pesquisa e ambientes promotores da Inovação, o Brasil foi reconhecido como um parceiro científico importante, geopoliticamente estratégico e fornecedor de produtos essenciais na atualidade.
Comitiva
A delegação foi composta por dez pesquisadores de sete Estados e quatro regiões do Brasil, incluindo instituições e Unidades de Pesquisa do MCTI como a Universidade Franciscana (UFN), Universidade de Araraquara (Uniara), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Universidade Federal Fluminense (UFF), Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), Universidade Federal do ABC (UFABC), Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE) e Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Todas as instituições que compuseram a missão são participantes de Programas do MCTI em nanotecnologia, materiais avançados e grafeno, tais como o Programa de Inovação em Grafeno (InovaGrafeno-MCTI), o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia (SisNANO), os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), os Centros de Tecnologia e Inovação em Materiais Avançados (CTIMA) e o Hub de Inovação Tecnológica (GraNioTer-MCTI).