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MCTI realiza primeira reunião com Rede Brasileira de PD&I em Síndrome de Down
Foto: Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) realizou a primeira reunião sobre a Rede Buriti-SD, como será chamada a Rede Brasileira de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Síndrome de Down.
A iniciativa é resultado da chamada pública lançada pela Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos (Seppe) do MCTI em 2023, em conjunto com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para selecionar um projeto de abrangência nacional para a criação da rede. O investimento será de R$ 9 milhões.
A proposta selecionada é coordenada pelo professor Orestes Vicente Forlenza, do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A Rede Buriti-SD é a primeira rede de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) em Síndrome de Down do Brasil. O objetivo é melhorar o acesso de pessoas com síndrome de Down aos serviços de saúde e ajudar na elaboração de políticas públicas, além de colaborar para avanços científicos e inovação com impacto social.
“O MCTI entende que a Rede Buriti é essencial para integrar atores de diferentes especialidades que atuam na fronteira do conhecimento. O propósito deste projeto é que órgãos públicos, universidades, sociedade civil e outras instituições trabalhem juntos para avançar na pesquisa e conscientização sobre a Síndrome de Down no Brasil, buscando sempre a melhoria das condições de vida, saúde, educação e cidadania de seus portadores”, explicou o diretor de Programas Temáticos da Seppe, Leandro Pedron.
Base de dados
Na reunião, realizada no dia 18 de abril último, técnicos do MCTI acompanharam a apresentação dos pesquisadores responsáveis pelo projeto selecionado. Entre os objetivos destacados estão a formação da Coorte Brasileira de Pessoas com Síndrome de Down e a criação de um banco nacional de amostras biológicas coletadas dos participantes do grupo observado. O projeto também prevê a criação de uma base de dados de larga escala e a criação do Observatório em Saúde para a Síndrome de Down.
O diretor Leandro Pedron explicou que, além de beneficiar as pessoas com a síndrome, o estabelecimento da rede vai permitir que os resultados dos estudos possam identificar intervenções terapêuticas com potencial para serem aplicadas na população geral, visando prevenir ou desacelerar a progressão de diversas doenças.
Os critérios para a seleção do projeto consideraram a abrangência da rede e a experiência prévia do coordenador e de sua equipe, além da viabilidade técnica e operacional da proposta. A existência de contrapartida e de uma equipe diversa - com equidade de gênero e inclusão de minorias - também foram levadas em consideração.