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Estamos empenhados em reduzir as assimetrias regionais” diz ministra Luciana Santos na etapa Centro-Oeste da 5CNCTI
Foto: Luara Baggi
Sob aplausos, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou durante a etapa regional Centro-Oeste da 5ª Conferência Regional de Ciência, Tecnologia e Inovação mais investimentos em CT&I para a região. Santos participou na manhã desta terça-feira (30) da solenidade de abertura ao lado dos secretários e representantes de CT&I dos três estados do Centro-Oeste e do Distrito Federal no auditório da Universidade Federal de Goiás, em Goiânia.
“Nós temos olhado com cuidado para regiões historicamente menos favorecidas com recursos para o sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação. Estamos empenhados em reduzir as assimetrias regionais. Por isso, cada edital do Pró-Infra prevê 30% dos recursos para projetos nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Além disso, foi acordada uma regra de proporção das contrapartidas locais. Ela prevê que, nos editais destinados à região Centro-Oeste, a cada um real colocado pelas Fundações de Amparo à Pesquisa, o FNDCT entre com R$ 3. A contrapartida local é menor, justamente para enfrentarmos essa situação de desigualdade”, anunciou.
Ainda de acordo com a ministra, o hiato de 14 anos sem conferência e a falta de diálogo estão sendo compensados agora com o compromisso do governo do presidente Lula com uma agenda de estado para a CT&I, retomando investimentos na área. São ações como o aumento de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), além da aproximação com os pesquisadores, o reajuste para bolsistas e para os servidores públicos. No encontro, ela ainda falou da riqueza do bioma Cerrado e suas potencialidades para o desenvolvimento da ciência e tecnologia.
O secretário de CT&I de Goiás, José Frederico Lyra Netto, elogiou a iniciativa e falou de programas e projetos que o estado executa para o setor, citando a iniciativa do Plano Diretor do Ensino Superior com muita participação popular. “Goiás tem muito a dizer, uma terra onde brota Ipê e soja é uma terra que apresenta muita solução para o país”, disse ele. O secretário ainda elogiou os pesquisadores brasileiros, em especial os do Centro-Oeste. “Os pesquisadores têm uma qualidade imensurável que é a coragem de todo dia acordar e fazer pesquisa.
Ainda participaram da solenidade Allan Kardec, secretário de CT&I de Mato Grosso; Alexandre Villain, secretário-executivo de CT&I do DF; Ricardo Senna, secretário-executivo de Inovação do Mato Grosso do Sul; a reitora da UFG, Angelita Pereira, Luciano Rezende, secretário adjunto da SBPC/DF; e Dayse Lima da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).
Propostas - Durante a plenária final de encerramento do evento foram discutidas as propostas colocadas nos encontros estaduais em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
Os estados fizeram os debates seguindo os quatro eixos que são diretrizes da 5CNCTI: Eixo 1 - Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; Eixo 2 - Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas. Eixo 3 - Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais. E eixo 4 - Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social.
Algumas proposições de Goiás foram a expansão e consolidação da infraestrutura de pesquisa de forma uniforme pelo país; e posicionamento do Brasil na revolução tecnológica por meio de uma política de industrialização sustentável.
O Mato Grosso sugeriu o desenvolvimento de políticas públicas com financiamento para projetos de extensão para alunos e professores; e de projetos para CTI em gestão, produção e organização social de cooperativas, associações e coletivos nas comunidades.
O Mato Grosso do Sul pontuou sugestões para o fomento e estímulo ao empreendedorismo dentro das universidades - para que as pesquisas aplicadas sejam revertidas em negócios - potencializando assim, a economia de MS e do Brasil.
Por fim, o Distrito Federal coloca entre alguns pontos para a Conferência Nacional, o desenvolvimento da inovação com base nas demandas do estado com base no enfrentamento das mudanças climáticas.
As sugestões serão encaminhadas para discussão na fase nacional da 5ª Conferência Nacional de CT&I, que acontece de 4 a 6 de junho, no Espaço Brasil 21, em Brasília. As propostas farão parte da nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação que norteará o futuro do Brasil no setor pelos próximos 10 anos.