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MCTI discute políticas públicas com instituições que treinam cães-guia
Foto: Luara Baggi (ASCOM/MCTI)
A Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI realizou uma reunião com representantes de instituições que atuam no treinamento de cães-guia. A iniciativa ocorre no âmbito do Plano Nacional de Tecnologia Assistiva. Uma nova reunião será realizada em 14 de dezembro, quando serão entregues sete cães-guias que já atuam em Brasília. A reunião vai discutir espaços de treinamento para os cães, regulamentação da profissão de treinador e atualização da legislação sobre cão-guia.
“Os cães-guias seguem uma convenção internacional que pactuamos em 2009, porém não temos uma agência de controle que acompanhe essa questão”, explicou a diretora de Tecnologia Social, Economia Solidária e Tecnologia Assistiva do MCTI, Sônia da Costa.
Para o coordenador do Programa Cão-Guia do Instituto Federal de Goiás Campus Urutaí, Brunno Naves, o maior desafio dos deficientes visuais é a implantação do cão-guia como política pública. “Hoje, temos cerca de 7 milhões de deficientes visuais e apenas 200 cães-guia trabalhando no Brasil.”
O advogado Paulo Boaventura, que tem deficiência visual, possui o cão-guia Canindé desde agosto deste ano e reforça a necessidade de inserir o animal em uma política permanente de inclusão. “Há um envolvimento do usuário com o cão. Isso traz para o deficiente visual um processo de inclusão social que reduz quadros depressivos e uso de medicamentos, além dos transtornos de humor.”