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Secretária Marcia Barbosa defende parcerias em biotecnologia entre países do Mercosul
Foto: Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)
As iniciativas em biotecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) terão papel fundamental no Complexo Econômico-Industrial da Saúde, defendeu a secretária de Políticas e Programas Estratégicos, Marcia Barbosa, durante a abertura do XI Fórum Empresarial do Mercosul, nesta terça-feira (14). Com o tema “Estratégias e desafios para o Complexo Econômico-Industrial da Saúde", o evento teve a participação de representantes de diversos ministérios do governo federal e de países do Mercosul.
“A gente precisa ter uma ciência básica muito forte e, por isso, a biotecnologia é central”, afirmou a secretária.
Segundo ela, o ministério busca ampliar o conhecimento em biotecnologia e proporcionar uma maior independência tecnológica dos países do Mercosul. Entre as ações do MCTI, Marcia Barbosa citou os cursos promovidos no âmbito do Centro Latino-Americano de Biotecnologia (Cabbio) e o primeiro centro de oncologia de precisão da América Latina.
“Cada vez mais, brasileiros e os nossos vizinhos estão fazendo pesquisa em colaboração. A partir dessa pesquisa básica, vamos criar novas startups na área de saúde e fortalecer a relação de parceria”, disse a secretária em referência às atividades no âmbito do CABBIO, cooperação entre Brasil, Argentina, Uruguai.
“Também estamos apoiando um centro que vai receber pesquisadores de toda a América Latina para produzir conhecimento científico de fronteiro na área da saúde”, acrescentou.
O primeiro centro de oncologia de precisão da América Latina já foi aprovado pelo Centro Internacional de Engenharia Genética e Biotecnologia (ICGEB, na sigla em inglês). A estrutura instalada na Universidade de São Paulo (USP) terá como foco o desenvolvimento de novas terapias, compostos e estratégias para aumentar a entrega precisa de substâncias aos tumores.
Prioridade
O Complexo Econômico-Industrial da Saúde é um dos temas prioritários para o Brasil neste semestre em que ocupa a presidência pro tempore do Mercosul. O Complexo da Saúde deverá contar com investimentos de R$ 42,1 bilhões entre 2023 e 2026. A iniciativa envolve 11 ministérios, incluindo o MCTI, e busca expandir a produção nacional de itens prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros.
O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, ressaltou a necessidade de cooperação entre os países para estabelecer estratégias e superar os desafios sobre o tema na região. A abertura do evento teve também a participação de representantes dos Ministérios da Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, além da Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil.
O evento contou com painéis sobre temas como o fortalecimento cadeia de suprimentos para a produção local e regional de insumos e dispositivos médicos; gestão da saúde voltada para a inovação e conectividade; produção local e regional de produtos químicos e biotecnológicos.