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Porto de Santos busca apoio do MCTI para produção de hidrogênio verde
Foto: Luara Baggi (ASCOM/MCTI)
O Porto de Santos é responsável por movimentar cerca de 30% das trocas comerciais do Brasil com o mundo, sendo um importante centro de escoamento das produções de soja em grãos, celulose, farelos e algodão, entre outros. Mas, para além da sua importância econômica, o complexo poderá se tornar referência em sustentabilidade e tecnologia portuária. A proposta foi apresentada, nesta terça-feira (07), durante audiência da Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini.
Um dos principais projetos associados à ideia de um porto mais sustentável é a concepção, in loco, de uma usina de Hidrogênio Verde. Este elemento é considerado uma alternativa aos combustíveis fosseis, feito a partir de energia limpa com baixa a quase nula emissão de carbono. Além disso, a queima do hidrogênio verde resulta em água.
“No porto, já temos uma usina hidroelétrica. É o único no mundo a ter isso, que serviria para produção do hidrogênio. O maior custo para sua produção é a energia, e nós já temos isso”, explicou Pomini. “A água usada nesta produção viria também da usina de tratamento de água e esgoto do próprio Porto”, completou.
Outro ponto destacado pelo presidente foi a reforma em antigos armazéns, onde será construída uma área de lazer com restaurantes. No Armazém 7, está prevista a implementação de um centro tecnológico, que seja uma referência em tecnologia portuária, com a presença de incubadoras e startups.
“Estamos focados na transição energética, é nossa prioridade e o que vocês apresentaram aqui vai ao encontro do que defendemos”, pontuou a ministra Luciana Santos. “É uma área que lideramos, temos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e vocês, com a usina hidroelétrica, têm uma variável de competitividade que os coloca em posição mais estratégica para avançar nesse desafio”, acrescentou.
A ministra Luciana Santos sugeriu ainda que uma forma de apoio do MCTI ao projeto poderia ser feita por meio dos editais do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).