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“Formação de jovens em TICs ajuda a reparar desigualdades sociais”, afirma ministra
Foto: Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)
Em reunião com a Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti), nesta segunda-feira (6), a ministra Luciana Santos destacou as políticas do MCTI para a capacitação de jovens em Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Segundo ela, programas como o Residência em TIC e o Hackers do Bem combatem desigualdades sociais em um cenário de precarização do mercado de trabalho.
“Nós estamos trabalhando para que esses programas tomem escala como forma de enfrentarmos a desigualdade. Temos no país os jovens nem-nem, que não estudam e nem trabalham, além dos desafios da precarização do trabalho. Então, se a gente não tem iniciativas de formação nas áreas digitais, voltadas a esses jovens, isso aprofunda muito as desigualdades sociais”, pontuou.
Diretores da Abipti e Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) voltados às TICs trouxeram ao ministério um conjunto de propostas para potencializar o retorno dos investimentos em ações de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, assim como políticas para formação de jovens e inclusão de meninas e mulheres na ciência.
“Para cada real colocado hoje em um ICT de TICs, aponta uma pesquisa, nós temos R$ 15 gerados de faturamento na ponta. Um emprego no ICT gera 21 empregos em outras áreas. É uma maneira muito importante de aplicar o investimento e ter um retorno grande para o país”, afirma o superintendente do Instituto Eldorado, Roberto Soboll.
Ele também ressaltou a importância da Lei de Informática como instrumento que ajudou a disseminar institutos de pesquisa de ponta nas diferentes regiões do Brasil.
“A Lei de Informática foi muito importante para consolidar esse grupo de ICTs ao longo desses 30 anos. Hoje esses centros conseguem responder a demandas não só da Lei de Informática, mas projetos da FINEP, BNDES, Aneel, ANP. Hoje temos grandes centros de P&D, não só em São Paulo e no Sul, mas no Centro Oeste, Norte e Nordeste”, detalha.
A ministra Luciana Santos ainda destacou na reunião o anúncio de R$ 100 milhões do CNPq para inclusão de meninas na ciência e convidou a Abipti a participar da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, prevista para junho de 2024. “Vocês são atores importantes e têm muito a contribuir nos debates”.