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MCTI e instituições de fomento debatem ferramentas de inovação na Rio Innovation Week
Foto: Divulgação
No segundo dia da Rio Innovation Week, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) participou do painel “Políticas públicas para apoio à inovação: o que há de novo” nesta quarta-feira (4). Com moderação do secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Guila Calheiros, representantes da Finep, do BNDES e do Parque Tecnológico da UFRJ avaliaram o cenário de incentivo à inovação no Brasil e propuseram avanços.
Entre os principais pontos, os debatedores apontaram a necessidade da melhoria de condições para o investimento em inovação, como a redução de juros, a necessidade de estratégias contínuas para o país e a importância da inovação para dotar o país de novas tecnologias que façam a diferença na vida da população.
O secretário Guila Calheiros afirmou que a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, convocada para 2024, vai ajudar o MCTI a elaborar uma nova Estratégia Nacional para apontar caminhos para a inovação no país. Outra ação de relevo do governo federal nesse sentido foi a reativação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).
“Nós tivemos a retomada do CNDI para montar uma estratégia para reindustrialização em novas bases sustentáveis. A partir dessa retomada, foram definidas 6 missões estratégicas que estão conectadas com os 10 programas estratégicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), um instrumento fundamental para financiar projetos de ciência e tecnologia no Brasil”.
Marcelo Camargo, superintendente da Finep, agência de fomento vinculada ao MCTI, considerou que o Brasil conta com programas de apoio à inovação comparáveis aos países no topo do ranking de inovação. Segundo ele, o país precisa de foco contínuo, mesmo com mudanças de gestão, e escolher áreas específicas para focar os esforços.
“Nós não devemos em nada aos países que estão acima na classificação do Global Innovation Index. Temos excelentes programas. Agora, na questão da inovação o país precisa entender algumas dimensões. A primeira é que caminho da inovação tem riscos, nem todos projetos terão sucesso. A segunda questão é de continuidade, os países do topo do ranking contam com estratégias de estado na inovação. O terceiro ponto é o foco, escolher as áreas em que o país é bom”.
Rodrigo Cunha, gerente do BNDES, falou sobre a retomada de ações do banco em ações de incentivo à inovação no país, o que inclui linhas de financiamento, fundos de investimento e participação acionária. Ele também destacou a redução da taxa de juros para empréstimos voltados à inovação e a parceria com a Finep no programa Mais Inovação Brasil.
“Dentro dessa nova abordagem industrial, a inovação se tornou um tema transversal junto com a parte ecológica. Ela já nasce com total prioridade e a gente tem trabalhado no banco para se articular com a Finep para o sistema trabalhar em conjunto”.
Já Romildo Toledo, diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, destacou o papel dos espaços de inovação para desenvolver o país, os desafios que instituições desse tipo enfrentam e soluções que podem ajudar esses espaços a se desenvolver como maior atração de recursos públicos e privados e flexibilidade para tomar decisões.
“Nos ecossistemas de inovação, a maior riqueza são os recursos humanos, a experiência em resolver problemas. A gente precisa de gente que aposte, traga recursos. Também precisamos de flexibilidade, inovação requer um tratamento diferenciado, precisa ser ágil. Precisamos não só ter capital humano e físico, juntar investimento públicos e privados no Brasil, mas também ter o entendimento do papel dos ambientes”.
Rio Innovation Week
Um dos maiores eventos de inovação e tecnologia da América Latina, o Rio Innovation Week acontece de 3 a 6 de outubro no Píer Mauá, no Rio de Janeiro. Serão 30 conferências, mais de 1.700 palestras, participação de mais de 200 empresas, instituições de pesquisa e experiências, em um espaço total de 60 mil metros quadrados.