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20ª SNCT: Desenvolvimento Sustentável para todos foi debatido em conferência
Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)
Mudar a visão de sustentabilidade, honrar a ancestralidade e incentivar mais mulheres na ciência. Estas foram algumas das colocações na Conferência Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável durante a 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). O encontro aconteceu na noite desta quarta-feira (18), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
O coordenador de Ciências Humanas e Sociais e Ciências Naturais da UNESCO, Fábio Eon, explanou sobre os desafios para a educação no Brasil para atender os requisitos da Agenda 2030 das Nações Unidas (ONU). “Infelizmente estamos com baixo desempenho na ODS 4 que diz respeito à educação. Precisamos mudar esta realidade e sobretudo trabalhar para a inserção de mais meninas e mulheres na ciência”, falou.
Já a biomédica em Patologia Humana e pesquisadora Jaqueline Goes de Jesus e o escritor, ativista, ambientalista e Dr. em Educação, Edson Kayapó frisaram a necessidade de respeito à ancestralidade dos povos indígenas, negros, quilombolas, e dos refugiados. De acordo com eles, é preciso mudar a visão diminutiva imposta aos grupos quanto à ciência.
“Hoje, o conhecimento dos indígenas, quilombolas etc não é considerado ciência por não estar publicado num paper”, criticou a biomédica. Já o ativista Edson Kayapó, salientou que os indígenas têm muito a contribuir com a ciência. “Devemos repensar a ciência para a sustentabilidade para entregas de serviço à população, como no combate à fome, às mudanças climáticas etc. Os indígenas têm muito a contribuir”, colocou.
A conferência foi mediada pelo secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Inácio Arruda.