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“Não há projeto de inclusão e crescimento sem pesquisa e desenvolvimento”, defende ministra Luciana Santos
Foto: Rodrigo Cabral
No interior dos estados do Brasil, há mais de 50 anos, quando não havia oportunidade de graduação local, a sociedade se uniu para dar início às universidades comunitárias. Sem fins lucrativos, essas instituições buscam desenvolver pesquisas, oferecer formação de qualidade e promover projetos sociais e de extensão junto à comunidade. Com vistas a fortalecer o vínculo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, diversos reitores de várias regiões brasileiras se reuniram, nesta terça-feira (3), com a titular da Pasta, Luciana Santos.
“Vocês têm aqui uma ministra que respeita, admira e acredita nas universidades comunitárias”, afirmou Luciana Santos, durante o encontro. “Vamos dar seguimento ao que está na Lei 12811 (que define e estabelece prerrogativas das Instituições Comunitárias de Educação Superior) porque vocês são essenciais. Não há projeto de inclusão e crescimento sem pesquisa e desenvolvimento”, completou.
O programa Pró-Infra para a recuperação e expansão da infraestrutura de pesquisa em universidades e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs); o apoio a parques tecnológicos e uma maior aproximação das universidades com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) foram alguns dos caminhos apontados pela ministra para maior fortalecimento entre a Pasta e as universidades comunitárias.
Ao longo da reunião, a ministra lembrou do empenho do presidente Lula em fortalecer a Ciência, importante para um projeto de Nação. A ministra falou ainda de pontos fundamentais para superar os desafios nacionais, como a transição energética, o combate à fome, as mudanças climáticas e a reindustrialização. “Em um país com tanta desigualdade, não se pode abrir mão do peso que vocês têm na formação dos brasileiros. Queremos o apoio de vocês para ajudar a enfrentar esses desafios”, salientou.
Benefícios
Luciane Ceretta, presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe), explicou que as universidades comunitárias têm papel importante na interiorização e democratização do ensino, além de destinarem patrimônio e esforços para o desenvolvimento da região em que estão. “51% da ciência que é produzida em Santa Catarina estão nas universidades comunitárias”, pontuou.
Já o reitor Cláudio Jacoski, presidente da Associação Brasileira das Instituições Comunitárias de Educação Superior (Abruc), destacou a capilaridade e o engajamento das universidades comunitárias com sociedade. “É um modelo que pode ser mais usado pelo governo”, disse.
Por fim, o presidente do Consórcio das Universidades Gaúchas (Comung), Rafel Henn, apresentou um panorama dessas instituições no Rio Grande do Sul. “Um pilar importante das universidades comunitárias é a qualidade em tudo que fazem, no ensino, na pesquisa, na inovação e na extensão. E nós queremos disponibilizar nossa estrutura para o desenvolvimento de políticas públicas”, contou.