Notícias
SEDES e Secretaria Nacional de Políticas Penais estudam parcerias para a implantação de políticas públicas nas unidades prisionais do Brasil
Foto: Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)
Representantes da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) do Governo Federal apresentaram para a Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (SEDES) possíveis parcerias na área de tecnologia social, economia solidária e segurança alimentar para serem executadas em unidades prisionais do Brasil.
Por meio do Programa Nacional de Economia Solidária no Sistema Penal (Pronassp), a Secretaria de Segurança tem desempenhado um trabalho de resgate social, qualificação, trabalho e renda para as pessoas privadas de liberdade e remanescentes.
A ideia é que por meio da economia solidária e tecnologias sociais sejam montadas fábricas dentro das unidades prisionais para a produção de placas fotovoltaicas ou economia reversa. Já no tema de segurança alimentar, o objetivo é a montagem de quintais e hortas agroecológicas. Entre os representantes da Senappen estava Cintia Rangel, diretora de Política Penitenciária.
A proposta será estudada pela SEDES, por meio da diretoria de Tecnologia Social, Economia Solidária e Tecnologia Assistiva. Atualmente a população prisional do Brasil é a terceira maior do mundo, só perde para China e Estados Unidos. “Importante a análise das possibilidades de como a SEDES poderá contribuir para propor dignidade para essas pessoas que poderão, por meio de trabalho interno, garantir renda, elevar a autoestima e não cometer a reincidência ao término do cumprimento da pena”, falou o secretário Inácio Arruda.
Hoje, a maior parte das pessoas privadas de liberdade no Brasil tem de 18 a 29 anos, 52% se autodeclaram negras; de 10 pessoas, oito não têm documentação e 52% não têm CPF. Grande parte está presa em decorrência de efetuar crimes de patrimônio, em consequência da ausência de crédito e renda.
*Dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen)