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Museu Goeldi vai atualizar lista de espécies da flora ameaçadas de extinção no Pará
Foto: Luara Baggi
O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), vai atualizar a Lista de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção do Estado do Pará. O trabalho será feito em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade, órgão do governo estadual. O objetivo é monitorar o status dos ecossistemas locais e criar políticas públicas para a conservação da flora.
“Inicialmente, vamos elaborar uma lista taxonomicamente consolidada das espécies que serão avaliadas dentro do limite territorial do estado do Pará segundo os critérios de inclusão”, explicou a pesquisadora e coordenadora de Botânica do Museu Goeldi, Anna Luiza Ilkiu-Borges.
A taxonomia é o ramo da biologia responsável por descrever, identificar e nomear os seres vivos de acordo com os critérios estabelecidos, como por exemplo, aspectos morfológicos, genéticos, fisiológicos e reprodutivos.
De acordo com a pesquisadora, após a primeira seleção, será feito um compilado com as informações em uma plataforma virtual do Conselho Nacional de Conservação da Flora para a validação e correção dos dados geográficos e taxonômico das espécies. “A partir disso, vamos elaborar mapas com informações geográficas sobre distribuição, extinção e principais ameaças às espécies.”
Segundo Anna Luiza, a atualização é de extrema importância para o monitoramento da flora da região. “As paisagens mudam, os ambientes são alterados, sofrem influências de diferentes agentes e, com isso, aumenta o grau de ameaça de uma espécie.”
Elaborada pela primeira vez em 2008 em uma ação conjunta do governo do Pará, Museu Goeldi e Conservação Internacional do Brasil, a lista catalogou 181 espécies ameaçadas, das quais 53 plantas e 128 animais. O objetivo do programa era criar, com base nas informações da lista, uma nova agenda ambiental de proteção às espécies ameaçadas. “Atualmente, a lista de espécies ameaçadas possui 53 espécies da flora. O monitoramento da fauna fica para um outro projeto feito pelo Ideflor-Bio, que também está em discussão”, enfatizou a pesquisadora do Museu Goeldi.
A atualização da lista também contará com o apoio do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e Centro Nacional de Conservação da Flora.