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Ministra Luciana Santos anuncia investimento de R$ 57 milhões para popularização da ciência em 2023
Foto: Rodrigo Cabral (ASCOM/MCTI)
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) sediou, nesta terça-feira (12), a abertura da 4ª Mostra Nacional de Feiras de Ciências. O evento conta com a apresentação de 32 projetos científicos desenvolvidos por estudantes da educação básica de 20 estados e do Distrito Federal que se destacaram em feiras municipais, estaduais e nacionais e foram fomentados por editais do CNPq/MCTI.
Na solenidade de abertura, a ministra Luciana Santos anunciou que o MCTI vai investir R$ 57 milhões em ações de popularização da ciência neste ano de 2023, o maior orçamento para essa área em todos os tempos. “A demonstração feita aqui é a melhor forma de aprendizado. É importante exercitar no dia a dia, fazendo pesquisa de campo e vivenciando os problemas da sua comunidade e do seu entorno, e, assim, aprender sobre ciência”, ressaltou.
Segundo a ministra, popularizar a ciência é uma ferramenta de mudança para criar um ambiente universitário de qualidade e uma produção científica e tecnológica de ponta. “As feiras e mostras científicas, e também as olimpíadas científicas, têm mostrado destaques de alunos medalhistas de diversas regiões do Brasil, em lugares longínquos, que provavelmente não teriam seus talentos reconhecidos”, ressaltou Luciana Santos.
Para o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda, as feiras de ciências têm um caráter nacional e a capacidade de mostrar toda a potencialidade do povo brasileiro, desde o ensino fundamental até laboratórios e universidades. “Recebemos o Brasil aqui no ministério, com um viés importante, que é a criançada e a juventude fazendo ciência”, reforçou.
Mostra
A Mostra Nacional de Feiras de Ciências é capitaneada pelo Fórum Nacional de Coordenadores de Feiras e Mostras Científicas. O evento reúne anualmente projetos científicos que foram desenvolvidos por estudantes da educação básica, sob orientação de seus professores, e apresentados em feiras e mostras científicas fomentados por editais do CNPq/MCTI.
Projetos
Na abertura, foram apresentados 10 projetos e os estudantes ocuparam o hall do MCTI em exposição. O evento itinerante se estende até quinta-feira (14) e ocupará também as instalações do CNPq, do Congresso Nacional, do Ministério da Educação (MEC) e da Universidade de Brasília (UNB). Pelo menos 64 participantes, entre estudantes e professores, mostrarão seus projetos em Brasília nas áreas das ciências e/ou engenharia.
Um dos projetos foi apresentado por Liliane Hortega Acosta, aluna da Escola Estadual Indígena Guarivá Poty, no Paraná. O projeto busca resgatar e valorizar os conhecimentos ancestrais dos povos indígenas Mbya Guarani de observação indireta do sol e também a construção de um Observatório Solar tradicional, aliando os saberes ancestrais aos conhecimentos curriculares científicos.
“A Mostra Nacional é uma celebração da inventividade científica de jovens estudantes de todo o Brasil. É um momento para que os gestores e servidores de órgãos que atuam diretamente no fomento das feiras de ciências, como o MCTI, o MEC e o CNPq, vejam ao vivo o impacto dessa política” ressalta Felipe Ribeiro, professor da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) e um dos coordenadores do evento.