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Secretária Marcia Barbosa defende política de cotas para indígenas na concessão de bolsas de pesquisa
Foto: Rodrigo Cabral
A secretária de Políticas e Programas Estratégicos, Marcia Barbosa, defendeu a implementação de uma política de cotas para a concessão de bolsas de Iniciação Científica e Iniciação Científica Júnior para pesquisadores e estudantes indígenas pelas agências do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Durante o seminário científico realizado em Belém (PA), durante dos Diálogos Amazônicos, ela assumiu o compromisso de construir uma política de cotas para a população indígena.
“Este é um compromisso que deixo e vou repassar para a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação”, disse a secretária.
O seminário que antecedeu a realização da Cúpula da Amazônia discutiu a construção de uma agenda científica para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. “Este é um debate para criarmos uma sinergia do conhecimento e para a construção de um programa de financiamento para a biodiversidade e bioeconomia”, explicou Marcia.
Segundo o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera, os pesquisadores das regiões Norte e Nordeste ainda desconhecem a disponibilidade de recursos reembolsáveis oferecidos pela agência. “Existe uma demanda pequena nesta região. Reduzimos os juros, e isso amplia a possibilidade para que mais pessoas façam uma pós-graduação”, afirmou.
Ele acrescentou que o crédito da Finep pode ser usado para o desenvolvimento de uma nova base industrial focada em bioeconomia e na ampliação da infraestrutura de pesquisa na região amazônica. Pansera defendeu ainda a expansão da cooperação científica. “Temos que conversar com os bancos BRICS e com o BID sobre essa parceria científica. Precisamos articular e ampliar essa produção de conhecimento.”
Para o coordenador de Bioeconomia do Sebrae Nacional, Philippe Figueiredo, a biodiversidade é um tema prioritário para a criação de novas empresas e a geração de empregos. “É uma agenda sustentável não só para o Brasil, mas para o mundo. Nós levamos isso como uma visão de negócio, e o Sebrae pode contribuir no financiamento e criação de empresas de bases tecnológicas investindo em mestres e doutores”, ressaltou, acrescentando que o Sebrae pretende investir R$ 20 milhões na região amazônica.
Já o presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Odir Dellagostin, ressaltou a importância de ampliar a produção de conhecimento nas universidades da Amazônica. “A iniciativa Amazônia +10 mobiliza recursos para projetos de pesquisas da região. No próximo mês, também vamos lançar mais uma chamada para ampliar o financiamento de projetos regionais”, ressaltou.