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Ministra Luciana Santos enaltece papel das universidades para o desenvolvimento científico do Brasil
Foto: Luara Baggi
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, enalteceu o papel da Academia para o desenvolvimento científico, elencou conquistas e desafios de sua gestão à frente do MCTI e defendeu a cooperação internacional para a superação das adversidades globais. Foi durante palestra proferida na Universidade Federal do Rio De Janeiro (UFRJ) nesta segunda (31).
Ao abrir sua fala, a ministra Luciana Santos defendeu o papel da Academia e das universidades para o desenvolvimento científico do país. “Historicamente, a ciência brasileira sempre enfrentou períodos de grandes desafios. Nesses momentos, a Academia nunca escolheu o silêncio”, disse. “Quero repetir que as universidades brasileiras não são espaços de balbúrdia. São instituições de excelência, centros produtores de conhecimento, e prestam serviço inconteste ao País”, completou.
As conquistas ao longo dos sete meses de governo também foram destacadas. Entre elas, a recuperação integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), com R$ 10 bilhões para investimentos em 2023, o reajuste das bolsas de pesquisa da Capes e do CNPq, beneficiando 258 mil estudantes, e o anúncio do concurso público, que não era realizado há mais de 10 anos. Serão 814 vagas para recompor quadros técnicos das unidades de pesquisa do MCTI. “Tudo isso significa mais recursos para pesquisa e inovação, mais pessoas trabalhando com ciência, mais desenvolvimento, mais qualidade de vida e mais emprego”.
Outros pontos destacados pela ministra foram as diretrizes que irão nortear a elaboração da Nova Estratégia Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovação e os 10 programas que irão orientar os investimentos do FNDCT, incluindo o Pró-Infra, que destinará R$ 3,6 bilhões nos próximos dois anos para recuperação e expansão dos equipamentos científicos das universidades e instituições de ciência e tecnologia.
Cooperação internacional
Ao falar do papel da ciência como propulsora de desenvolvimento nacional e peça fundamental para superação de desafios nacionais como combate a desigualdade, superação da fome e desmatamento, a ministra lembrou também da importância da cooperação internacional para enfrentar problemas globais.
“Nosso objetivo é utilizar a cooperação internacional e a diplomacia científica para enfrentar os grandes desafios, como enfrentamento das mudanças climáticas e da perda da biodiversidade, na transição energética, na transformação digital, na autossuficiência em saúde”, disse. “Somados aos nossos esforços de cooperação científica, trabalharemos para garantir a transferência de tecnologia dos centros mais avançados para o Brasil, usando os instrumentos de estímulo à inovação, como o uso do poder de compra do Estado e as compensações tecnológicas”, concluiu.
Apoio a atual gestão do MCTI
O reitor da UFRJ, Roberto de Andrade Medronho, lamentou tempos passados de negacionismo da ciência, sobretudo durante a pandemia, levando à morte de mais de 600 mil brasileiros e destacou a importância da ciência para o desenvolvimento do país. “Para nós a ciência é fundamental, traz luz e evidência para melhorar a qualidade de vida e a saúde das pessoas”, afirmou.