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Grupo técnico avalia plataforma do governo federal que receberá inventários de emissões de empresas
Oficina, realizada de modo híbrido, reuniu representantes de ministérios, confederação nacional e federações da indústria. Foto: Gabriel Oliveira/Ascom MCTI
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Coordenação-Geral de Ciência do Clima, reuniu nesta quarta-feira (08) mais de 20 técnicos para avaliar o formulário e o fluxo das informações da plataforma SIRENE Organizacionais. Os profissionais representam parte das instituições que integram o Grupo de Trabalho (GT) sobre Inventários Organizacionais de Emissões de Gases de Efeito Estufa, no âmbito do Comitê Técnico da Indústria de Baixo Carbono (CTIBC).
Com o módulo, a plataforma poderá receber os relatórios de emissões de gases de efeito estufa de organizações, sejam empresas ou instituições, públicas ou privadas, de todos os setores econômicos. A iniciativa tem o objetivo de padronizar e garantir confiabilidade dos dados. A submissão das informações será voluntária e gratuita.
Durante a oficina, os participantes apresentaram as impressões a respeito do formulário, compartilhado antecipadamente para avaliação, e também conheceram a proposta de navegabilidade da plataforma e os fluxos das informações prestadas. As contribuições são consideradas fundamentais para a finalização do trabalho.
“A participação é muito importante, pois as contribuições desses atores são fundamentais para o sucesso da iniciativa”, avaliou o coordenador-geral de Ciência do Clima do MCTI, Márcio Rojas, sobre a construção colaborativa do novo módulo da plataforma.
O SIRENE Organizacionais é um módulo do Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE), que foi instituído por decreto em 2017 e reúne as informações oficiais do Brasil sobre emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE), entre outros dados e publicações, como os relatórios especiais do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) traduzidos para o português. “O decreto também confere ao SIRENE a atribuição de lidar com os inventários organizacionais com o objetivo de aumentar a transparência e a consistência para o relato voluntário das emissões dos gases de efeito estufa das empresas”, explicou Rojas durante a reunião.
Um painel de resultados preliminares do Sirene Organizacionais foi apresentado pela primeira vez durante a COP-27, realizada no Egito. Agora, o grupo técnico trabalha nas ferramentas de TI para disponibilizar o módulo para que as empresas possam efetivamente enviar seus relatórios. A concretização de uma plataforma em âmbito federal com essa finalidade é um passo relevante para que as empresas se preparem para atuar em um futuro mercado de carbono. A perspectiva é que até o final de 2023 o módulo Sirene Organizacionais seja lançado.