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Incentivo às mulheres na ciência é tema de encontro no MCTI
Luara Baggi (ASCOM/MCTI)
Aumentar e incentivar o número de mulheres na ciência foi um dos tópicos da reunião entre a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e Beatriz Amorim-Borher, diretora da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) e Sherif Saadallah, diretor-executivo OMPI.
Isto porque, atualmente as mulheres são maioria nas bolsas de iniciação científica, com 60% de participação, mas um dado chama atenção: apenas 35% do gênero recebem bolsas de produtividades, que são conquistadas no topo da carreira.
Por conta dessa disparidade, a OMPI e o MCTI têm projetos para promover e ampliar a presença de meninas e mulheres na área científica. “Nós vamos lançar aqui no Brasil um programa para mulheres pesquisadoras. O Brasil participou da última edição, mas agora será uma edição voltada só para o país e será muito bom ter uma parceria com o MCTI”, disse Beatriz.
A ministra reforçou que a ciência existe para ajudar as pessoas e que a diversidade nesta hora é muito importante. Ela lembrou que o ministério tem políticas públicas voltadas para a inclusão, permanência e ascensão de meninas e mulheres na Ciência, Tecnologia e Inovação. “Um projeto é o Futuras Cientistas, desenvolvido pelo CETENE, que tem como objetivo contribuir para o crescimento de jovens de escolas públicas e promove ações para combater as barreiras sistêmicas que impedem uma maior participação feminina nas áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), disse.
O MCTI também possui outros programas como o Mulheres Inovadoras. “Uma iniciativa junto com a Finep para estimular startups lideradas por mulheres, de forma a contribuir para o aumento da representatividade feminina no cenário empreendedor nacional”, explicou.
O programa citado pela ministra, incentiva, por meio da capacitação e do reconhecimento, empreendimentos que possam favorecer a competitividade no país. Ele oferece aceleração voltada especificamente para o público feminino para até 30 (trinta) startups selecionadas, além de um prêmio de R$ 120 mil reais para até 15 (quinze) empresas escolhidas por uma banca avaliadora como as melhores startups lideradas por mulheres em suas respectivas regiões
Em cooperação com a ONU, Luciana Santos também destacou um outro programa que o Brasil se engaja para alcançar a igualdade de gênero em STEM é o "Space for Women (Space4Women)".
Para finalizar, a diretora da OMPI reforçou que é urgente o engajamento nessas políticas de inclusão das mulheres. “A gente tem feito muito trabalho para a inclusão com mulheres. Para se ter uma ideia, o sistema de Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), do total, somente 16% são mulheres inventoras. É um número absurdamente pequeno. E se a gente não fizer nada, só em 2078 vamos ter uma paridade entre homens e mulheres. Não dá para esperar. Tem que fazer algo para acelerar”, alertou Beatriz Amorim-Borher.