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“Não há saída para o combate à destruição da Amazônia e do Cerrado sem ciência”, afirma ministra Luciana Santos
Foto: Luara Baggi (ASCOM/MCTI)
O Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) apresentaram, nesta quinta-feira (3), os dados de alertas de desmatamento do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) até 31 de julho de 2023 para a Amazônia e o Cerrado. No caso da Amazônia, houve queda de 66% nos alertas de desmatamento em julho de 2023. Já o acumulado de alertas no período de agosto de 2022 a julho de 2023 registrou queda de 7,4%, o que corresponde a uma área de 7.952 km².
Já o Cerrado teve aumento de 26% dos avisos de supressão da vegetação em julho e de 16,4% entre julho de 2022 e agosto de 2023, o que representa uma área de 6.359,43 km².
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressaltou o papel da ciência e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no combate ao desmatamento e nos planos de mitigação e adaptação às mudanças do clima. “Não há saída para o combate à destruição da Amazônia e do Cerrado e para os planos de mitigação e adaptação às mudanças do clima sem ciência. Quero reiterar que o MCTI é a favor da ciência aberta e tem compromisso com a divulgação transparente dos dados produzidos pelo INPE, que são fundamentais para as políticas de combate ao desmatamento e de preservação dos biomas e são, portanto, estratégicos para o país”, disse a ministra.
A ministra Marina Silva enalteceu a parceria com o MCTI e a importância de fazer política pública com base em evidências científicas. “Estamos sustentados por muita ciência. Os dados do DETER nos auxiliam a interferir na hora em que a criminalidade ocorre e poder fazer a diferença. O Inpe faz ciência com ética e técnica”, afirmou.
Queda na Amazônia Legal
Na Amazônia Legal, a área de avisos de desmatamento correspondeu a 7.952 km², uma queda de 7,4% se comparado no mesmo período em 2022. Os dados relativos apenas ao mês de julho de 2023 apontam para área de desmatamento de 499,91 km², uma queda recorde de 66%, se comparado ao ano anterior. De janeiro a julho, a queda foi de 42,6%.
Entre agosto de 2022 e julho de 2023, os cinco municípios com maiores áreas de desmatamento foram: Altamira (PA), com 323,57 km²; Apuí (AM), com 309,36 km²; São Félix do Xingu (PA), com 300,13 km²; Lábrea (AM), com 292,63 km²; e Porto Velho (RO).
Cerrado em alerta
Já no Cerrado, a área de supressão de vegetação nativa, registrada entre agosto de 2022 e julho de 2023, foi de 6.359,43 km², um aumento de 16,5% se comparado ao ano anterior. Apenas em julho de 2023, a área desmatada chegou a 611,63 km² - número 26% maior que o de julho de 2022.
A lista dos municípios com maior incidência no período anual inclui: São Desidério (BA), com 378,08 km²; Jaborandi (BA), com 237,26 km²; Balsas (MA), com 223,05; Correntina (BA), com 211,69 km²; e Cocos (BA), com 186,23 km².
Todos os dados podem ser consultados em: http://terrabrasilis.dpi.inpe.br